Imagine a cena: uma sexta-feira aparentemente comum na movimentada BR-230, a famosa (e por vezes traiçoeira) Transamazônica. De repente, o que era uma viagem rotineira se transforma num pesadelo de fumaça e chamas. Por volta das 15h dessa sexta (20), um caminhão de carga simplesmente decidiu que seria um belo de um palco para um espetáculo de fogo — do tipo que ninguém quer ver.
O veículo, carregado até o talo com sacas de farinha — sim, farinha! —, teve uma pane elétrica que, francamente, saiu totalmente do controle. O motorista, um sujeito que deve ter mais histórias para contar que pescador velho, percebeu a fumaça saindo debaixo do capô e, num reflexo que salvou sua pele, parou o bicho e se mandou para longe. Coisa de segundos. O fogo, vaidoso, não perdeu tempo e engoliu a cabine e a carga.
O Corpo de Bombeiros foi acionado às pressas. Quando a turma do fogo chegou ao local, em Medicilândia, a coisa já estava feia. As chamas, altas e imprevisíveis, dançavam ao redor do caminhão, ameaçando qualquer coisa por perto. A fumaça, densa e escura, subia como um sinal de alerta para quem estava a quilômetros de distância. Eles trabalharam que era uma beleza — ou, no caso, um suor danado — para controlar o inferno sobre rodas.
O resultado? O tráfego naquele pedaço da rodovia virou um verdadeiro pandemônio. Uma faixa da pista simplesmente ficou intransitável por umas boas horas, criando um engarrafamento que certamente estressou mais de um caminhoneiro e viajante. Só por volta das 18h, três longas horas depois do caos começar, é que a situação foi normalizada e a rodovia liberada por completo. Um transtorno e tanto.
O motorista, ainda assustado, mas ileso — o que é o que realmente importa, não é mesmo? —, foi atendido no local. Nada de ferimentos graves, só o susto de ver seu ganha-pão virar cinza. A carga de farinha? Bem, essa virou uma massa carbonizada e irreconhecível. Prejuízo total.
A Polícia Militar também marcou presença para garantir a segurança de todos e orientar o trânsito naquele trecho complicado. Ainda não se sabe o valor exato do prejuízo — mas é seguro chutar que não foi pouco. A investigação sobre a causa exata do incêndio, claro, segue rolando. Tudo indica, no entanto, que a velha e conhecida falha elétrica foi a vilã da história.
