
Numa daquelas cenas que a gente nunca espera testemunhar - mas que acontecem num piscar de olhos -, uma ultrapassagem mal calculada terminou em tragédia nesta quarta-feira (11) nas estradas de Campinas. O que deveria ser mais uma manobra comum no trânsito caótico das nossas rodovias se transformou num pesadelo sem volta.
Testemunhas que estavam no local ainda parecem estar em choque. "Foi tudo tão rápido que mal deu pra processar", contou um caminhoneiro que preferiu não se identificar. "Um minuto o carro estava ali, no outro já estava virando como se fosse de brinquedo."
O momento crítico
Pelos relatos e pelas imagens que circularam - aquelas que a gente nunca quer ver, mas que inevitavelmente viralizam -, o motorista tentou ganhar a faixa da esquerda numa curva. Erro fatal, como se viu depois. O veículo simplesmente perdeu o controle completamente, dando várias voltas sobre si mesmo antes de parar destruído no acostamento.
O que me faz pensar: quantas vezes nós mesmos arriscamos manobras assim no dia a dia? A pressa, a imprudência, a sensação de que "comigo nunca acontece"... até que acontece.
As consequências imediatas
O socorro chegou rápido, até que sim. Bombeiros e equipes do resgate correram para o local, mas a violência do acidente foi simplesmente implacável. O motorista - único ocupante do veículo - não resistiu aos ferimentos. Uma vida interrompida numa fração de segundos.
O trânsito na região ficou complicado por horas enquanto os peritos trabalhavam no local. Aquela papelada burocrática que ninguém quer ter que preencher, mas que é necessária nessas horas tristes.
Reflexão necessária
Enquanto escrevo isso, não consigo evitar pensar na família desse homem. Receber aquela notícia que nenhum parente quer receber. E tudo por causa de uma ultrapassagem que poderia ter esperado mais cinco minutos, ou um quilômetro adiante onde fosse mais seguro.
Campinas tem registrado muitos acidentes graves ultimamente - será que a gente não está ficando muito complacente com a própria segurança no trânsito? Pergunto isso não como especialista, mas como alguém que também pega estrada regularmente e vê cada loucura por aí.
As autoridades seguem investigando os detalhes do ocorrido, mas uma coisa já é certa: mais uma vez, a imprudência mostrou que cobra um preço altíssimo. E quem paga, infelizmente, somos todos nós.