Um momento de grande tensão marcou uma competição no Autódromo Internacional Ayrton Senna, em Londrina, no norte do Paraná. O piloto Leandro Totti precisou escapar às pressas de seu carro, que pegou fogo durante uma parada para troca de pilotos e reabastecimento.
O momento crítico do incêndio
As imagens da transmissão oficial registraram o instante em que as chamas surgiram no veículo, com Totti ainda no cockpit. A situação rapidamente se tornou caótica, mostrando o desespero da equipe e do próprio piloto. Várias pessoas correram em direção ao carro com extintores de incêndio na tentativa de controlar o fogo.
Em um ato rápido, Totti conseguiu sair correndo do carro em chamas. Foi então auxiliado por um mecânico, que usou um cobertor úmido para abafar as chamas que atingiam o piloto. Apesar do susto e da cena dramática, o balanço final foi positivo: Leandro Totti sofreu apenas queimaduras nas mãos e passa bem. Outros membros da equipe tiveram ferimentos leves, e o carro não chegou a ser danificado estruturalmente.
Causa do acidente: falha no abastecimento
O organizador do evento, Luc Monteiro, detalhou o que pode ter causado o incidente perigoso. Segundo ele, uma falha no encaixe da mangueira de combustível provavelmente levou ao vazamento de etanol sobre o carro.
"O vazamento, em algum momento, o encaixe da mangueira no bocal do tanque pode ter tido alguma falha ou ficado frouxo", explicou Monteiro. "Pessoal de lá comentou que houve um segundo momento em que eles colocaram o bocal, deu esse espirro, o mecânico teria colocado a mangueira e tirado de novo. Só que independente de ter tido um segundo momento ou não, o carro já estava coberto com uma quantidade de álcool e aí você tem partes quentes do carro, o freio, o chassi, o cano de escapamento. A hora que o etanol entra em contato com uma parte dessa, a magia acontece de um jeito que a gente não queria", completou o organizador.
Protocolos de segurança foram acionados
O episódio serviu como um teste aos protocolos de segurança do evento. Monteiro ressaltou que é obrigatório que todos os boxes tenham extintores de incêndio à disposição. Além disso, cada equipe deve manter pelo menos um balde com água e um cobertor molhado, itens que foram cruciais para auxiliar o piloto após sua saída do veículo.
A rápida reação das equipes vizinhas, que se mobilizaram com extintores, e a presença do cobertor úmido foram fatores decisivos para que o desfecho não fosse mais grave. O incidente em Londrina reacende a discussão sobre os riscos inerentes ao automobilismo e a importância dos rígidos procedimentos de segurança durante as operações de pit stop, especialmente no manuseio de combustíveis.