O motorista envolvido no trágico acidente que resultou em 39 mortes na BR-116, em Minas Gerais, foi ouvido nesta quarta-feira (25) no Fórum de Teófilo Otoni. Ele responde por homicídio culposo – quando não há intenção de matar – e o caso está sendo tratado como um dos mais graves da história recente do trânsito brasileiro.
Segundo testemunhas, o caminhão dirigido pelo acusado invadiu a pista contrária em alta velocidade, colidindo frontalmente com um ônibus de excursão. O impacto foi tão violento que diversos corpos ficaram presos às ferragens, dificultando o trabalho dos bombeiros.
Repercussão e investigação
O Ministério Público já adiantou que irá pedir a prisão preventiva do condutor, que teria ignorado sinais de fadiga antes do acidente. "Há indícios de negligência grave", afirmou o promotor responsável pelo caso.
Enquanto isso, familiares das vítimas se reúnem no local do acidente para homenagear seus entes queridos. Uma vigília com velas está marcada para esta sexta-feira (27), data que marca uma semana da tragédia.
Dados alarmantes
Este acidente reforça as estatísticas preocupantes sobre segurança viária no Brasil:
- A BR-116 é a segunda rodovia mais perigosa do país
- Acidentes com vítimas fatais aumentaram 15% no último ano
- 70% dos casos envolvem falha humana
Especialistas em trânsito alertam para a necessidade de campanhas educativas mais efetivas e fiscalização rigorosa, especialmente em rodovias de grande movimento como a BR-116.
