A vida segue caminhos imprevisíveis, não é mesmo? Naquele sábado aparentemente comum, ninguém poderia imaginar que uma tragédia tão brutal estava prestes a acontecer. Holambra, aquela cidadezinha pacata conhecida pelas flores e pelo ar bucólico, viu sua tranquilidade ser quebrada por um acidente que deixou todos de luto.
Era por volta das 14h30 quando tudo aconteceu. O motorista — um homem de 54 anos que dedicava seus fins de semana a mostrar as belezas locais aos visitantes — estava estacionando seu veículo perto da Rua dos Lírios. Quatro anos. Quatro longos anos guiando turistas pelas ruas encantadoras da cidade sem nenhum incidente grave. Até que o inesperado chegou.
O momento do impacto
Testemunhas contam que foi tudo muito rápido. O bondinho turístico — aquele mesmo que tantos visitantes adoram fotografar — simplesmente não conseguiu evitar a colisão. O motorista havia acabado de descer do carro quando foi atingido. Um detalhe que corta o coração: ele ainda estava com a chave na mão, preparando-se para mais um passeio cheio de histórias para contar.
O socorro chegou rápido, é verdade. Os bombeiros correram para o local, mas o que encontraram foi uma cena desoladora. Os esforços para reanimá-lo duraram cerca de quarenta minutos — quarenta minutos de esperança que se esvaíram lentamente. No hospital, a confirmação que ninguém queria ouvir: morte por traumatismo craniano.
Quem era o motorista?
Aqui é que a coisa fica pessoal. Não era apenas um motorista qualquer, sabiam? Era um cara que amava o que fazia. Durante quatro anos, ele foi a primeira impressão que muitos turistas tinham de Holambra. Conhecia cada cantinho, cada história, cada segredo da cidade. Dizem que até sabia o nome das flores nos canteiros.
E agora? A família — esposa e dois filhos — precisa encontrar forças para seguir em frente. O corpo foi levado para o IML de Mogi Mirim, enquanto a dor se instalava nos corações de quem o conhecia.
E o bondinho?
O motorista do bondinho, um rapaz de 23 anos, está abalado, como era de se esperar. Ele prestou todos os esclarecimentos à polícia e colaborou com as investigações. O veículo foi apreendido para perícia — aqueles exames minuciosos que tentam reconstruir os segundos que antecederam a tragédia.
A Polícia Civil já abriu inquérito para apurar as causas do acidente. Será que foi uma falha humana? Um problema mecânico? Uma combinação infeliz de fatores? As respostas ainda estão por vir.
Holambra nunca mais será a mesma para muita gente. Uma cidade que vive do turismo, que se orgulha de sua paz e beleza, agora precisa enfrentar a dura realidade da perda. E aquele bondinho que tantas alegrias proporcionou aos visitantes carrega agora uma memória triste.
Às vezes a vida prega essas peças cruéis — justamente com quem dedicava seu tempo a espalhar um pouco de alegria pelos cantos da cidade. Resta a pergunta que não quer calar: como seguir adiante quando o inesperado bate à porta?
