Um motorista de 30 anos, após confessar ter ingerido bebida alcoólica por causa da final da Copa Libertadores, invadiu a calçada de um bar e atropelou várias pessoas, incluindo uma mãe e seu filho de apenas 3 anos, em Promissão, no interior de São Paulo. O grave acidente ocorreu na noite de sábado (29), pouco mais de meia hora após o término da partida entre Flamengo e Palmeiras.
Confissão e estado do condutor
De acordo com o boletim de ocorrência, quando os policiais militares chegaram ao local, encontraram o motorista trancado dentro da caminhonete. O homem apresentava dificuldade para sair do veículo, tinha a fala desconexa e não conseguia se manter em pé. Ao ser interrogado, ele não hesitou em admitir que havia consumido álcool motivado pela decisão do torneio continental.
Apesar da confissão espontânea, o condutor alegou aos PMs que "estava bem" e se recusou a realizar o teste do bafômetro. O acidente foi registrado às 20h45, exatos 33 minutos após o apito final da partida, que ocorreu às 20h12.
Cenas de terror captadas por câmeras
Imagens de segurança registraram o momento de pavor. O veículo, que trafegava pela Avenida Eurico Gaspar Dutra, virou repentinamente para a esquerda e avançou sobre a calçada do estabelecimento. A caminhonete atingiu clientes que estavam no local, mesas e uma moto estacionada, causando destruição e pânico.
Três pessoas ficaram feridas na investida:
- Uma mulher que ficou presa sob o veículo e sofreu fratura no braço.
- Seu filho, uma criança de 3 anos, que também foi atingida.
- Uma segunda mulher, que teve ferimentos graves.
Todas as vítimas foram socorridas e encaminhadas ao Hospital Geral de Promissão. A mãe da criança permanece internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em estado grave. A criança e a terceira vítima já receberam alta médica.
Prisão e liberdade provisória
O motorista foi preso em flagrante pelos crimes de lesão corporal culposa na direção de veículo automotor e embriaguez ao volante. No entanto, em uma audiência de custódia realizada no domingo (30), ele obteve o direito à liberdade provisória.
A liberdade foi concedida mediante o pagamento de uma fiança no valor de R$ 15 mil, que poderá ser quitada pelo prazo máximo de 10 dias. O caso segue sob investigação das autoridades competentes.