Um motorista que estava preso desde agosto por causar um acidente fatal enquanto dirigia embriagado em Boa Vista, Roraima, recuperou a liberdade após decisão da Justiça. O homem era responsável pela colisão que tirou a vida de um menino de apenas 10 anos, filho do passageiro que estava no carro atingido.
O acidente ocorreu no dia 10 de agosto, na Avenida Venezuela, uma das vias mais movimentadas da capital roraimense. De acordo com as investigações, o motorista agora liberado conduzia seu veículo em alta velocidade e sob influência de álcool quando colidiu violentamente com outro carro.
Detalhes do acidente que chocou Boa Vista
O laudo pericial confirmou que o condutor estava com taxa de alcoolemia de 0,90 mg/L no sangue, valor significativamente acima do permitido pela legislação brasileira. O impacto da colisão foi tão forte que o menino de 10 anos, que estava no banco traseiro do veículo atingido, não resistiu aos ferimentos e faleceu no local.
O pai da criança, que dirigia o carro atingido, sobreviveu ao acidente mas teve que ser hospitalizado. Testemunhas relataram à polícia que o motorista embriagado fazia manobras perigosas momentos antes da colisão.
Decisão judicial gera repercussão
O condutor respondia na prisão preventiva pelo crime de homicídio culposo no trânsito. A defesa do acusado conseguiu reverter a situação através de um habeas corpus concedido pelo Tribunal de Justiça de Roraima.
A decisão determinou a substituição da prisão preventiva por medidas cautelares, que incluem:
- Proibição de se ausentar da cidade sem autorização judicial
- Apresentações periódicas em juízo
- Suspensão do direito de dirigir
- Monitoramento eletrônico
O caso continua em andamento na Justiça, e o motorista ainda responderá pelo crime em liberdade. A decisão tem gerado debates sobre a aplicação de penas em casos de crimes de trânsito com vítimas fatais.
A tragédia serve como alerta para os perigos da combinação entre álcool e direção, um problema que continua causando vítimas inocentes nas estradas e ruas de todo o país.
