O sábado, que prometia ser mais um dia comum na região, transformou-se em cena de tragédia. Por volta das 17h30, o silêncio da Rodovia Francisco Alves Negrão, no quilômetro 74, foi quebrado por um estrondo seco — o som que ninguém quer ouvir.
Testemunhas ainda parecem estar processando o que viram. Um motociclista, cuja identidade não foi divulgada, simplesmente decidiu pegar a contramão. Por quê? Essa pergunta vai ecoar pelos próximos dias. O resultado foi inevitável: uma colisão frontal com um carro que vinha no sentido correto.
Os minutos decisivos
O Corpo de Bombeiros chegou rápido, mas algumas batalhas já estão perdidas antes mesmo de começarem. Os socorristas fizeram o possível — sempre fazem — mas o motociclista já não respondia. Tentaram reanimá-lo no local, usando todos os procedimentos de praxe, mas algumas vezes a medicina encontra seus limites.
Enquanto isso, o motorista do carro... bem, ele saiu com vida, mas carregará as imagens desse dia para sempre. Foi levado para o Hospital Municipal, com ferimentos que, felizmente, não ameaçavam sua vida. Sortudo? Talvez, mas duvido que se sinta assim.
O que fica depois do acidente
A Polícia Militar Rodoviária assumiu o caso, como sempre faz nesses tristes episódios. Agora começa o trabalho minucioso de reconstituição — medindo marcas de pneus, analisando danos nos veículos, ouvindo testemunhas. Tudo para entender o que levou àquela decisão fatal.
E a rodovia? Fechada por horas, é claro. O trânsito parou enquanto a vida de alguém era contada — ironia cruel do destino. Só reabriu quando todos os vestígios foram coletados e o corpo removido.
Pilar do Sul é daquelas cidades onde todo mundo conhece todo mundo. Aposto que nesse momento as conversas nos bares e nas calçadas giram em torno do mesmo tema: "mais uma vida perdida nas nossas estradas". E a pergunta que ninguém responde: quando é que vamos aprender?
