
Era pra ser mais um dia comum—aquele vai e vem rotineiro que a gente nem percebe. Por volta das 18h30 de terça-feira, um pai e seu filho seguiam de moto pela Avenida das Torres, naquele fluxo caótico que quem conhece Manaus sabe como é. De repente, algo inacreditável: um monte de entulho, simplesmente jogado na pista, apareceu como uma armadilha.
O motociclista, tentando evitar o pior—e quem não faria o mesmo?—fez uma manobra brusca. Mas aí… a moto perdeu o controle. O que aconteceu depois foi um daqueles pesadelos que nenhuma família deveria viver.
O jovem Ryan Kauã, só 18 anos, foi arremessado. E não sobreviveu. Ele tava no banco de trás, confiante, quiçá pensando no que faria no dia seguinte. A vida é cruel assim, né? De um segundo pro outro, tudo vira memória.
O pai pilotava, o filho não resistiu
O socorro veio rápido—tão rápido quanto a tragédia. Bombeiros chegaram e levaram Ryan direto pro João Lúcio, mas não deu. O jovem já não reagia. Já o pai, que pilotava a moto, sobreviveu. Machucado, assustado, mas vivo—e agora carregando um peso que nenhum pai merece.
Não é a primeira vez que entulho aparece onde não devia—e duvido que será a última. A via é larga, movimentada, cheia de histórias—e infelizmente, algumas viram notícia assim.
E agora?
O IML já foi acionado, a cena foi isolada, e o caso agora tá sob investigação da 25ª DDAM. Mas e aí? Alguém vai assumir a responsabilidade por aquele entulho? Alguém vai responder por isso?
Enquanto isso, uma família chora. Um pai se culpa. E uma cidade—mais uma vez—se pergunta até quando vidas vão ser perdidas por descaso.
Ryan Kauã tinha 18 anos. Tudo pela frente. Agora, é lembrança. E alerta.