
Era para ser mais um dia comum, como tantos outros. Mas o destino, caprichoso e impiedoso, decidiu outra coisa. Por volta das 7h da manhã desta terça-feira (5), um jovem de 24 anos — cujo nome ainda não foi divulgado — perdeu o controle da moto na Rodovia dos Bandeirantes, próximo ao km 56, em Jundiaí. O tombo foi fatal.
Segundo testemunhas, ele vinha em velocidade considerável — talvez correndo contra o relógio, como fazem tantos trabalhadores nessa hora do rush. A pista estava seca, mas uma curva mais fechada pode ter pegado o rapaz de surpresa. A moto, uma Honda CG 160, capotou várias vezes antes de parar no acostamento, já sem vida.
O socorro que não chegou a tempo
O Samu foi acionado rapidamente, mas quando a equipe médica chegou, já era tarde demais. "Ele não resistiu aos ferimentos", contou um dos socorristas, visivelmente abalado. "É sempre difícil ver uma vida se esvair assim, tão jovem..."
A Polícia Militar Rodoviária isolou a área para os trabalhos de perícia. No local, além da moto destruída, restava apenas o capacete — que, ironicamente, estava intacto. "Parece que bateu a cabeça no asfalto com muita força", especulou um agente, enquanto recolhia os fragmentos de evidências.
Uma família devastada
Na casa simples onde o jovem morava com os pais, a notícia chegou como um raio em céu azul. "Ele saiu cedo, como sempre fazia", disse a mãe, entre lágrimas. "Meu filho era cuidadoso, não entendemos como isso aconteceu..."
Vizinhos lembravam do rapaz como "trabalhador e quieto". Trabalhava numa fábrica de autopeças há três anos, sempre pontual. "Nunca reclamava, ia e voltava no mesmo horário", contou um senhor que preferiu não se identificar.
A tragédia serve de alerta para os perigos do trânsito — principalmente para motociclistas, que representam boa parte das vítimas fatais nas estradas paulistas. Só neste ano, mais de 200 já perderam a vida em circunstâncias similares.
O corpo foi encaminhado ao IML de Jundiaí, enquanto a família se prepara para o velório. A moto, agora um amontoado de metal retorcido, aguarda no pátio da polícia — triste símbolo de como a vida pode mudar num piscar de olhos.