
Era pra ser mais uma noite qualquer na TO-239, aquela rodovia que corta o Tocantins como uma cicatriz asfáltica. Mas o que aconteceu por volta das 22h30 de domingo, 25 de agosto, foi tudo menos rotineiro. Um rapaz de 21 anos, com a vida toda pela frente, trafegava em sua motocicleta pela região de São Salvador — e o inesperado estava à espreita.
Quem diria que um animal bovino, solto como se a pista fosse pasto, cruzaria seu caminho? A colisão foi violenta, daquelas que ecoa no silêncio da noite. Infelizmente, o jovem motociclista não resistiu aos ferimentos. Uma vida interrompida brutalmente, um futuro que não será vivido.
A Polícia Militar compareceu ao local — a 17ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) — e registrou a ocorrência. O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) de Gurupi, onde as formalidades legais seguiram seu curso triste e necessário.
Um problema que teima em se repetir
Não é a primeira vez que isso acontece, né? Animais soltos nas rodovias são uma ameaça constante — um risco que todo motorista ou motociclista conhece, mas que muitas vezes é negligenciado até que a tragédia bata à porta. Ou melhor, cruze a pista.
Esse tipo de acidente levanta questões urgentes: de quem é a responsabilidade? Dos proprietários dos animais? Dos órgãos de trânsito? Da falta de sinalização adequada? É um daqueles debates que volta e meia resurge, geralmente após uma perda irreparável como essa.
O que fica além da dor
Além da evidente tragédia humana — uma família de luto, amigos sem respostas —, o caso expõe falhas que parecem crônicas. Rodovias não são extensões de fazendas; são vias de transporte que demandam cuidado, atenção e, acima de tudo, prevenção.
Enquanto isso, a TO-239 segue seu curso, agora marcada por mais uma história de partir o coração. E a pergunta que fica, ecoando no asfalto ainda quente: quantas vidas precisam ser perdidas para que medidas efetivas sejam tomadas?