
Era um dia como qualquer outro no bairro tranquilo do Triângulo Mineiro — até que o barulho de um motor cortou o silêncio. O que deveria ser apenas mais um momento rotineiro se transformou em tragédia. José Almeida, 72 anos, um homem que dedicou a vida à família e era admirado pelos vizinhos, foi vítima de um atropelamento brutal.
Segundo testemunhas, o motociclista — que sequer possuía habilitação — fazia manobras perigosas, empinando a moto como se estivesse em um circo, não numa via pública. "Foi tudo tão rápido...", comenta Dona Marta, vizinha de José. "Ele sempre ajudava a todos, carregava compras, consertava cercas. Agora, quem vai consertar essa dor?"
O Motociclista e a Irresponsabilidade
O condutor, um jovem de 22 anos, tentou fugir após o acidente, mas foi detido por populares. A polícia confirmou: ele não tinha CNH, a moto estava irregular, e — pasmem — já havia sido multado por excesso de velocidade duas vezes no último mês. "É aquele tipo de pessoa que acha que as regras não valem pra ela", desabafa um agente, sob condição de anonimato.
Enquanto isso, a família de José se despede. "Meu pai era o alicerce da casa", diz Carlos, filho mais velho, com a voz embargada. "Nunca imaginamos que ele partiria assim, de forma tão violenta e... desnecessária."
O Legado que Fica
José não era só um nome na lista de vítimas do trânsito. Era o homem que:
- Organizava festas juninas para as crianças do bairro
- Consertava brinquedos quebrados e devolvia com um sorriso
- Fazia questão de conhecer cada novo vizinho
Num mundo onde muitos reclamam da falta de solidariedade, ele era a exceção que confirmava a regra. E agora? Restam memórias, fotos desbotadas e uma pergunta que dói: até quando vidas serão ceifadas por imprudência?