
Mais um final de semana que termina em tragédia nas ruas da capital mineira. Desta vez, foi na movimentada Avenida Professor Mário Werneck, no Bairro Buritis, que a irresponsabilidade de um condutor transformou a noite de sábado (13) em um verdadeiro pesadelo.
Por volta das 23h30, testemunhas relataram à Polícia Militar um veículo — um Honda Civic preto — ziguezagueando de forma assustadora pela via, claramente fora de controle. Mal deu tempo de processar o perigo. Num piscar de olhos, o carro, pilotado por um homem de 36 anos, invadiu com violência a contramão e se chocou de frente com outro que vinha no sentido correto.
O estampido do metal se amassando ecoou pela avenida. A cena que se seguiu foi de caos puro. Dos escombros dos veículos, duas vítimas foram retiradas em estado considerado muito grave pelos socorristas do Corpo de Bombeiros. Foram encaminhadas às pressas para um hospital da região, onde permanecem sob cuidados intensivos. Um cenário que ninguém merece viver.
Flagrante de Embriaguez e a Frieza do Motorista
Ao chegar ao local, os policiais não tiveram dúvidas. O motorista do Civic exalava o forte e inconfundível cheiro de bebida alcoólica. “Ele estava visivelmente alterado, com dificuldades até para se manter em pé”, contou um dos PMs, que preferiu não se identificar. O teste do etilômetro, o famoso bafômetro, confirmou o óbvio: o condutor estava com um índice de álcool no sangue muito acima do permitido por lei. Preso em flagrante, sem direito a conversa fiada.
O que mais choca, além do ato em si, é a aparente frieza. Enquanto duas pessoas lutavam pela vida, o condutor embriagado — que, pasmem, saiu ileso do acidente — foi levado para a Delegacia de Crimes de Trânsito (DCTran) para responder pelo que fez. Ele agora é investigado por dirigir sob influência de álcool e, o que é mais grave, por lesão corporal grave de natureza culposa no trânsito. Um nome bonito para uma coisa feia: colocar a vida dos outros em risco por pura e simples imprudência.
Um Problema que Insiste em se Repetir
É revoltante. Todo mundo sabe, todo mundo ouve nas campanhas, todo mundo vê nas redes sociais: álcool e direção não combinam. Ponto final. Ainda assim, parece que a mensagem não chega para alguns. Este caso em Belo Horizonte é a gota d'água de um problema crônico que enche as estatísticas de luto e de famílias destruídas.
O que falta? Fiscalização mais rigorosa? Penas mais severas? Conscientização? Provavelmente um misto de tudo isso. Enquanto as autoridades não acharem uma resposta eficaz, cenas como a da Avenida Professor Mário Werneck vão continuar se repetindo, e famílias vão continuar chorando.
O caso agora está nas mãos da justiça. Torcemos para que as vítimas se recuperem e que o responsável seja punido com todo o rigor da lei. Para que sirva, pelo menos, de exemplo.