
A noite de segunda-feira, 26, em Varginha, não terminou como começou para uma mulher — ainda não identificada — que caminhava pela movimentada Avenida Capitão Paulo. Por volta das 18h30, o som de pneus, metal e um grito cortou o ar. Um veículo, talvez em velocidade acima do permitido, talvez não — a polícia ainda corre atrás das pistas —, atingiu-a com violência. E o motorista? Simplesmente desapareceu na penumbra, sem ao menos reduzir.
O que se vê nas imagens de câmeras de segurança — que circularam feito rastilho de pólvora nas redes — é de cortar o coração. Uma pessoa caída, imóvel. Carros passando. E a absoluta, aterradora, ausência de quem cometeu o ato.
A vítima, segundo testemunhas, foi levada às pressas para o pronto-socorro municipal. Seu estado é grave. Muito grave. Os médicos lutam para estabilizá-la, enquanto familiares aguardam, entre lágrimas e um silêncio pesado, qualquer notícia que traga um fio de esperança.
“Não parou, não olhou, não ajudou”
É assim que um comerciante da região descreve a cena, ainda visivelmente abalado. “Foi tudo muito rápido. O barulho, o impacto… e o carro sumiu. Nem sinal de seta, nem de freio. Nada. Como alguém faz uma coisa dessas?”
Pois é. Como?
A Polícia Militar já iniciou a investigação — e está atrás do condutor e do veículo envolvido. Eles pedem: se você viu algo, se conhece alguém que chegou em casa com o carro avariado, com uma história esquisita, fale. Denuncie. Uma vida pode depender disso.
E agora?
Além da busca pelo responsável — que, quando encontrado, responderá por lesão corporal grave e omissão de socorro —, o caso reacende a discussão sobre a segurança viária na região. A Avenida Capitão Paulo é larga, movimentada, e muitos pedestres cruzam diariamente ali. Será que a sinalização é suficiente? A fiscalização?
Enquanto isso, uma família inteira espera. E uma cidade, que se orgulha de ser acolhedora, se pergunta como algo assim ainda acontece.