
O silêncio da noite de segunda-feira (18) foi quebrado por um estrondo ensurdecedor na BR-080. Um daqueles sons que ficam ecoando na memória — metal contra metal, vidros estilhaçando. E, no centro do caos, uma história de família tragicamente interrompida.
Por volta das 23h, um Chevrolet Onix e um caminhão travaram numa dança macabra de aço. Testemunhas — ainda abaladas — contam que foi rápido demais. Rápido e fatal. O choque frontal deixou marcas profundas no asfalto e na vida de todos envolvidos.
As vítimas
Dentro do carro, duas vidas que se entrelaçavam pelo sangue: Edson Pereira Martins, 58 anos, e o filho, cujo nome ainda não foi divulgado. Pai e filho. Histórias compartilhadas, memórias construidas — tudo interrompido num piscar de olhos.
O resgate foi acionado rapidamente, mas… às vezes a velocidade não é suficiente. Os bombeiros chegaram, fizeram o possível — sabe como é, aquele protocolo de emergência que todos seguem com esperança — mas não havia mais o que fazer. As feridas eram graves demais.
O que restou
No local, a cena era de destruição pura. O carro, irreconhecível — amassado como papel. O caminhão, com danos consideráveis, mas ainda de pé. E o motorista do caminhão? Esse, pasmem, saiu praticamente ileso. Coincidência? Sorte? Não sei dizer.
A Polícia Rodoviária Federal assumiu o caso. Estão investigando — é óbvio — as causas do acidente. Será que foi cansaço? Falha mecânica? Distração? Essas perguntas ficam no ar, pairando como fumaça.
Contexto que dói
O Catetinho, patrimônio histórico logo ali, já testemunhou tanta coisa. Mas essa tragédia… essa é diferente. A região, conhecida pelo movimento intenso, agora carrega mais uma marca triste.
E pensar que a BR-080 é palco constante de acidentes — talvez um dos trechos mais perigosos do Distrito Federal. Dá um aperto no peito.
As famílias foram notificadas. Imagino o momento: aquele toque na porta, a notícia que ninguém quer receber. Agora, o que resta é o luto — e a investigação, que pode trazer alguma (tênue) sensação de justiça.
O IML levou os corpos. Os peritos trabalham no local. E a vida, ironicamente, segue seu curso na estrada — carros passando, ignorando as marcas no asfalto.