
Uma cena de caos tomou conta da Rua Coronel Celestino, no coração de Montes Claros, nesta segunda-feira (18). Por volta das 14h30, um carro desgovernado — segundo testemunhas, "parecendo um touro enraivecido" — colidiu com pelo menos três veículos estacionados antes de atingir um cliente que almoçava tranquilamente em um restaurante da região.
O advogado do motorista, em entrevista coletiva que mais parecia um roteiro de novela, foi categórico: "Isso não foi imprudência, foi o destino pregando uma peça cruel". Ele sugere que uma possível falha nos freios transformou o veículo em "um projétil de duas toneladas".
O que se sabe até agora:
- A vítima, um homem de 42 anos, sofreu fraturas expostas na perna direita (detalhes que até os médicos do pronto-socorro local classificaram como "chocantes")
- Danos materiais ultrapassam R$ 100 mil — incluindo uma picape 0km que acabara de ser entregue ao dono
- O motorista, um empresário de 56 anos sem histórico de infrações, colaborou com a polícia mas "estava em estado de choque, literalmente tremendo como vara verde", segundo um PM
Curiosamente, o local já foi palco de outros dois acidentes graves neste ano — será que há algo na geometria urbana que desafia até os motoristas mais experientes? Especialistas em trânsito ouvidos pelo G1 divergem: enquanto uns apontam a inclinação da via como fator determinante, outros culpam a "epidemia de celulares ao volante".
E agora, José?
O restaurante, que preferiu não se identificar (medo de má publicidade ou estratégia jurídica?), anunciou que custeará os primeiros tratamentos da vítima. Já o dono da picape destruída — coitado! — terá que esperar meses pela seguradora avaliar quem paga a conta dessa "fatalidade".
Enquanto isso, o fórum da cidade se prepara para mais um daqueles casos que misturam drama humano, burocracia e — quem sabe? — uma pitada de injustiça do acaso. Fica a pergunta no ar: até que ponto realmente controlamos nossos destinos sobre quatro rodas?