Não deu tempo de chegar em casa. Nem de se despedir. A BR-282, que corta Santa Catarina como uma cicatriz asfáltica, engoliu mais uma vida nesta semana. Dessa vez, foi um senhor de 58 anos — terceira vítima daquele baile de metal torcido que aconteceu na terça-feira (29).
Os médicos do Hospital Regional tentaram de tudo, mas o corpo já estava cansado demais. Dois outros já haviam partido no mesmo dia do acidente. Um caminhão desgovernado, uma curva mal calculada, e pronto: três famílias agora choram em fotos de álbuns antigos.
O que se sabe até agora
Testemunhas contam que o caminhão vinha "como um touro cego" — expressão de um motorista que quase virou estatística. A batida foi tão forte que deixou os carros irreconhecíveis, tipo aqueles brinquedos que criança quebra de raiva. Polícia Rodoviária Federal ainda investiga, mas já adianta: excesso de velocidade estava no cardápio da tragédia.
E olha que ironia: o trecho já é famoso por acidentes. Todo mundo sabe, todo mundo reclama, mas aí quando a conta chega... Bom, a conta chegou em três prestações dessa vez.
As vítimas
- José Almeida, 58 anos — morreu no hospital após 48h de luta
- Mariana Rocha, 34 anos — professora, mãe de gêmeos
- Carlos Brito, 41 anos — caminhoneiro com 20 anos de estrada
O DETRAN catarinense soltou aquele comunicado padrão — sabe como é — falando em "medidas para melhorar a segurança". Enquanto isso, na prática, os carros continuam passando como foguetes naquele trecho. E a gente fica aqui, contando corpos e esperando a próxima notícia ruim.
Ah, e se você pensa em passar por ali? Melhor dar aquela reduzida, viu? Porque estatística é uma coisa que a gente sempre acha que só acontece com os outros... até acontecer.
