O cenário político brasileiro começa a esquentar muito antes do esperado — e os primeiros movimentos para 2026 já estão sendo feitos nos bastidores. Numa daquelas conversas que podem mudar completamente o tabuleiro eleitoral, o senador paranaense Flávio Arns, do PSD, deixou claro seu posicionamento ao governador do Paraná, Ratinho Junior.
E não foi um mero alinhamento de ideias. Foi praticamente um aviso: em 2026, Arns estará ao lado do presidente Lula. Ponto final.
O telefonema que mudou o jogo
Segundo fontes próximas aos dois políticos, a ligação aconteceu na última terça-feira e durou pouco mais de vinte minutos — tempo suficiente para deixar as coisas claras. De um lado, o governador, que mantém aquele tradicional perfil mais centrão, sempre calculando os próximos passos. Do outro, Arns, mostrando as cartas mais cedo do que muitos esperavam.
"Não foi uma consulta, foi uma comunicação", confidenciou uma pessoa que acompanha de perto os desdobramentos. "O senador deixou bem explícito que seu apoio a Lula já está decidido."
As razões por trás da decisão
O que levaria um político do PSD — partido que sempre navegou entre águas governistas e oposicionistas — a definir seu apoio com tanta antecedência? Bem, aqui a coisa fica interessante.
Arns não é exatamente um novato na política. Com uma trajetória que mistura ativismo social e mandatos eletivos, ele sempre manteve uma postura mais progressista em temas sensíveis. Suas bandeiras? Educação, direitos humanos e políticas sociais. Coisas que, convenhamos, encontram mais eco no governo atual do que em possíveis alternativas conservadoras.
E tem mais: sua irmã, a pastora e ativista Lúcia Arns, recentemente assumiu um cargo no Ministério dos Direitos Humanos. Coincidência? Duvido muito.
E o Paraná nessa história?
O estado se torna palco de uma interessante encruzilhada política. Ratinho Junior, que mantém aquele jogo típico de quem não quer queimar pontes, agora precisa digerir essa informação. O governador, que tem sua própria base e ambições, vê seu partido abrigando figuras com orientações distintas.
É aquela velha dança política — cada um tentando puxar a brasa para sua sardinha, mas sem colocar fogo no parque.
O PSD paranaense, vale lembrar, já mostrou suas divisões internas antes. Enquanto alguns defendem maior aproximação com o governo federal, outros preferem manter certa distância. Arns, claramente, escolheu seu lado.
O que isso significa para 2026?
Bom, se tem uma coisa que aprendemos na política brasileira é que quatro anos é uma eternidade. Muita água ainda vai rolar debaixo dessa ponte. Mas a declaração antecipada de Arns envia alguns recados importantes:
- Fortalece o campo lulista no Sul do país, região tradicionalmente mais conservadora
- Sinaliza que o PSD pode não marchar unido nas próximas eleições
- Antecipa conflitos que provavelmente surgiriam mais perto da eleição
- Mostra que Lula continua atraindo apoios mesmo com todos os desafios atuais
E agora? Resta saber como Ratinho Junior vai administrar essa situação dentro de seu partido. Vai tentar unificar o discurso? Vai aceitar as diferenças? Ou vai simplesmente ignorar e seguir seu próprio caminho?
Uma coisa é certa: o jogo político para 2026 já começou. E pelo visto, vai ser bem mais interessante — e complexo — do que muitos imaginavam.
