
Parece que o dinheiro público vai fluir como água nas próximas eleições. A Comissão Mista do Orçamento — aquela que decide para onde vai o nosso suado dinheiro de impostos — acabou de aprovar uma instrução que, francamente, deixou muita gente de queixo caído.
O que era para ser R$ 1 bilhão no Fundo Eleitoral de 2026 simplesmente evaporou. Agora são quase R$ 5 bilhões. Sim, você leu certo: quase cinco vezes mais.
Como isso aconteceu?
A história é meio enrolada, como tudo que envolve orçamento público. Acontece que o relator-geral, Danilo Forte — um união Brasil que parece ter mãos de mágico para multiplicar números — propôs essa mudança durante a análise da Instrução Normativa que define as regras do jogo orçamentário.
E não foi nem um debate acalorado. A proposta passou numa boa, sem grandes resistências. Parece que quando o assunto é aumentar verba eleitoral, todo mundo vira amigo.
Os números que impressionam
Vamos aos detalhes que realmente importam:
- Valor atual: R$ 1 bilhão (aquela quantia "modesta" que já estava prevista)
- Novo valor: R$ 4,99 bilhões — tá, praticamente R$ 5 bilhões, né?
- Aumento: Quase 400% de um ano para o outro
- Quando vale: Para as eleições municipais de 2026
É dinheiro que não acaba mais. Ou melhor, acaba sim — no nosso bolso.
E o Fundo Partidário?
Aqui tem uma curiosidade: enquanto o Fundo Eleitoral engordou, o Fundo Partidário — aquele que mantém a estrutura dos partidos — ficou na mesma. Continua com seus R$ 1,1 bilhão tranquilamente.
Parece que a prioridade mesmo são as campanhas. Quem diria, não?
O que isso significa na prática?
Bom, as eleições municipais de 2026 prometem ser das mais caras da história. Com quase R$ 5 bilhões à disposição, podemos esperar campanhas mais agressivas, mais propaganda e, claro, mais barulho.
Alguns especialistas já estão torcendo o nariz. Afinal, num país com tantas necessidades básicas — saúde, educação, segurança — injetar quase cinco bilhões em campanhas eleitorais é, no mínimo, uma escolha interessante.
Mas há quem defenda que mais recursos significam campanhas mais democráticas. Será?
O certo é que, enquanto os brasileiros se preocupam com o preço do feijão e do combustível, o Congresso acha que o que realmente precisa de um aumento generoso é o Fundo Eleitoral. Coisas da nossa política, meu amigo.
Agora é esperar para ver como esse dinheiro todo vai ser usado — e se realmente vai fazer diferença na qualidade dos nossos representantes. Alguém aí está otimista?