
Imagine só: uma câmera identifica um rosto em meio à multidão e, em questão de segundos, o sistema dispara um alerta. Foi exatamente isso que aconteceu em Montes Claros, quando um guarda municipal fez história ao realizar a primeira prisão com auxílio do reconhecimento facial na cidade.
O caso aconteceu na região central, por volta das 15h de terça-feira (12). O suspeito — que já tinha mandado de prisão em aberto por roubo — circulava tranquilamente pela área quando foi flagrado pelas câmeras inteligentes.
Como tudo aconteceu?
O sistema, que vem sendo testado há meses, cruzou os dados faciais do indivíduo com o banco de dados da polícia. Em menos de um minuto, o guarda recebeu a notificação no tablet de operação. "Foi quase instantâneo", contou o agente, que preferiu não se identificar. "Ele nem percebeu que estava sendo monitorado."
E olha que curioso: o sujeito até tentou disfarçar, usando boné e óculos escuros. Mas a tecnologia — cada vez mais afiada — não se engana. Será que estamos vivendo o futuro da segurança pública?
Polêmica à vista?
Nem tudo são flores, claro. Especialistas já levantam debates sobre privacidade e possíveis vieses nos algoritmos. "Tecnologia é ferramenta, não solução mágica", pondera a advogada Carla Mendes, especialista em direito digital. Mas, convenhamos: quando funciona, impressiona.
A prefeitura garante que as imagens são apagadas após 30 dias e só são usadas para fins investigativos. Montes Claros agora se junta a cidades como Rio e São Paulo nessa nova era da vigilância inteligente. Você acha que é o caminho?
Enquanto isso, os números falam por si: desde a implantação do sistema, as ocorrências na região caíram quase 18%. Coincidência? O tempo — e os dados — vão dizer.