
Parece que a gente vive num daqueles filmes de ficção científica, mas a realidade tá batendo na porta — e com força. Durante a Expo Indústria 2025, que rolou em São Luís, um especialista sacudiu a plateia com uma perspectiva que poucos param pra pensar: a inteligência artificial não é só sobre máquinas superpoderosas, mas sim sobre gente. Gente como a gente.
O evento, organizado pela Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA), mostrou que a IA pode ser aquela ferramenta que finalmente vai incluir bilhões de pessoas que hoje vivem à margem do mundo digital. E olha, não é exagero não.
Mais Que Códigos: A Humanidade Por Trás dos Algoritmos
O que me chamou atenção — e muito — foi como o especialista colocou a coisa. Em vez daquelas palestras técnicas cheias de jargões que ninguém entende, ele falou de pessoas reais. Pense na dona Maria, 70 anos, que nunca usou um computador na vida, mas que agora consegue pedir remédios por voz. Ou no João, que tem deficiência visual e finalmente navega na internet com naturalidade.
"A gente tá discutindo errado", ele disparou. "Ficamos preocupados com robôs nos substituindo, quando deveríamos estar é comemorando que pela primeira vez na história temos tecnologia que se adapta às pessoas, e não o contrário." Faz sentido, né?
O Papel das Indústrias Nessa Revolução
E não para por aí. O Maranhão, com toda sua diversidade e desafios, pode ser justamente o terreno perfeito pra testar essas soluções inclusivas. As indústrias locais têm a chance — diria até o dever — de desenvolver IA que realmente entenda as particularidades do nosso povo.
- Acessibilidade que vai além das rampas: interfaces que entendem sotaques regionais
- Tecnologia que respeita as limitações de cada um, sejam físicas ou educacionais
- Ferramentas que não exigem anos de estudo pra serem usadas
É como se a tecnologia finalmente estivesse aprendendo a falar a nossa língua — com todos os nossos regionalismos e jeitos únicos de ser.
O Futuro É Agora — E Tem Sotaque Maranhense
O que ficou claro é que não podemos deixar essa revolução nas mãos apenas dos grandes centros. A Expo Indústria mostrou que aqui no Norte também temos voz ativa nesse processo. E mais: que nossas particularidades podem inspirar soluções mais humanas, mais acolhedoras.
Quem diria, hein? Que o Maranhão poderia ser referência em inclusão digital através da IA? Pois é, parece que o futuro chegou — e ele veio pra ficar, adaptando-se à nossa realidade em vez de nos forçar a nos adaptarmos a ele.
No final das contas, o que o especialista deixou claro é simples: a tecnologia só faz sentido quando serve às pessoas. Todas as pessoas. E a IA, quando bem aplicada, pode ser a ferramenta mais democrática que já criamos. Resta saber se vamos saber usar esse poder com sabedoria.