O CEO da Disney, Bob Iger, anunciou durante uma apresentação para acionistas que a empresa planeja incorporar ferramentas de inteligência artificial em sua plataforma de streaming, o Disney+. A iniciativa permitirá que os assinantes produzam seus próprios conteúdos utilizando propriedades intelectuais da Disney.
Nova experiência para usuários
De acordo com Iger, a tecnologia de IA transformará radicalmente a experiência dos usuários na plataforma. "A IA nos dará a habilidade de fornecer a usuários do Disney+ uma experiência muito mais engajadora", afirmou o executivo durante o evento realizado em 13 de novembro de 2025.
O projeto inclui a possibilidade de os assinantes criarem e consumirem conteúdos - majoritariamente em formatos curtos - desenvolvidos por terceiros. Iger descreveu a novidade como a "maior e mais significativa mudança comercial e tecnológica" desde o próprio lançamento do serviço de streaming da companhia.
Parcerias e conteúdos interativos
Além das ferramentas generativas de IA, a Disney também revelou parceria com a Epic Games, conhecida pelo sucesso do game "Fortnite". Juntas, as empresas desenvolverão "uma série de programas parecidos com jogos" para a plataforma, utilizando personagens e universos da Disney.
A Epic Games já possui autorização para utilizar propriedades intelectuais da Disney em seus produtos, o que facilitará a integração entre os conteúdos.
Controvérsias e ações judiciais
O anúncio reacendeu debates nas redes sociais sobre o uso de inteligência artificial no entretenimento. O tema já havia gerado polêmica em 2023, quando a abertura da série "Invasão Secreta", produção original da Marvel Studios para o Disney+, recebeu diversas críticas pelo uso de IA em sua criação.
Paradoxalmente, a Disney recentemente se uniu à Universal para processar a empresa de tecnologia generativa Midjourney. O processo envolve infração de direitos autorais após usuários utilizarem a plataforma de IA para gerar modelos e peças baseadas em personagens de ambos os estúdios cinematográficos.
Enquanto isso, em desenvolvimento paralelo, a Comissão Europeia abriu investigação contra o Google por possível violação da Lei de Mercados Digitais. As autoridades suspeitam que a empresa rebaixe veículos de mídia nos resultados de busca. Se confirmada a infração, a Alphabet, controladora do Google, poderá ser multada em até 20% do faturamento global e forçada a adotar medidas corretivas.