Turismo e Cultura: O que o Agronegócio pode Ensinar sobre Resiliência e Inovação
Agronegócio ensina lições valiosas para turismo e cultura

Não é segredo pra ninguém que o agronegócio brasileiro é um exemplo de resiliência. Enquanto outros setores tropeçam, ele segue de pé — e ainda por cima alimentando o mundo. Mas e se eu te disser que turismo e cultura têm muito a aprender com esse gigante?

Pois é. Acontece que, segundo especialistas reunidos num debate recente em Vitória, a receita do sucesso do campo vai muito além de terra fértil e sol a pino. É sobre adaptabilidade, sobre "fazer do limão uma caipirinha" (com perdão do trocadilho).

Lições que não vem no mapa

Enquanto o turismo ainda se recupera dos tombos da pandemia, o agro já tá três passos à frente. Como? Inovando até no jeito de plantar batata. Já pensou se os museus e pontos turísticos tivessem essa agilidade?

  • Tecnologia no sangue: Enquanto uns ainda usam máquina de escrever, o agro já opera com drones e IA
  • Crise vira oportunidade: Quando falta chuva, inventam irrigação inteligente. E quando falta turista?
  • Planejamento de longo prazo: Colheita não acontece da noite pro dia. E a cultura?

Numa mesa redonda que mais parecia um choque de realidades, o produtor rural João da Silva soltou a pérola: "Enquanto vocês esperam o turista voltar, nós criamos novos mercados." Duro? Talvez. Mas necessário.

O caso capixaba

Aqui no Espírito Santo, a coisa tá ficando interessante. Algumas pousadas já tão copiando o jeito agro de fazer marketing — direto, sem firula, mostrando o produto como ele é. E adivinha? Tá funcionando.

Mas tem um porém: cultura não é commodity. Você não embala um concerto de viola caipira num contêiner. Aí que tá o pulo do gato — como manter autenticidade e ainda assim ser comercialmente viável?

Pra Maria Souza, dona de uma galeria de arte em Vila Velha, o segredo tá na "agricultura afetiva" (ela mesma inventou o termo): "Temos que cultivar nosso público como se cultiva uma plantação — com paciência, nutrição constante e colhendo nos momentos certos."

No final das contas, parece que o caminho é esse: pegar a resiliência do campo, misturar com a alma da cultura, e temperar com uma pitada de ousadia. O turismo do futuro agradece.