Não é brincadeira. Num hospital de Santa Catarina, a rotina de quem salva vidas virou pesadelo. Profissionais de saúde — justo eles, que dedicam dias e noites a cuidar dos outros — foram alvo de ataques brutais por pacientes. E olha que não foi um caso isolado, não.
A coisa aconteceu durante atendimentos de rotina. Do nada, a situação escalou pra violência pura. Um enfermeiro levou um soco no rosto. Uma técnica de enfermagem apanhou ao tentar conter um paciente descontrolado. Até médico, que você imagina ser respeitado, saiu com hematomas.
O que diabos está acontecendo?
Pois é. A gente fica se perguntando como chegamos nesse ponto. Os relatos são de um clima tenso, com pacientes agressivos — alguns sob efeito de drogas, outros em crise psicológica. Mas isso justifica? Jamais.
"É como se a gente virasse saco de pancada", desabafa uma das vítimas, que prefere não se identificar. Medo de represálias, sabe como é? O pior é que os agressores muitas vezes voltam dias depois, precisando de novo atendimento. E aí? Faz o quê?
Números que assustam
- Só no primeiro semestre, 18 casos registrados nesse mesmo hospital
- 57% dos profissionais já sofreram algum tipo de agressão na carreira
- 3 em cada 10 consideram deixar a profissão por medo
Não tá fácil pra ninguém. Enquanto isso, a direção do hospital promete "medidas". Câmeras, treinamento, segurança reforçada. Mas será que basta? Você, que tá lendo isso, já parou pra pensar no risco que esses profissionais correm pra cuidar da sua saúde?
O caso tá longe de ser simples. Mistura falta de estrutura, sobrecarga do sistema, problemas sociais complexos. Mas uma coisa é certa: bater em quem te ajuda não pode virar normalidade. Cadê o respeito?
