
Imagine morar a horas de distância do posto de saúde mais próximo. Ter que escolher entre comprar remédios ou comida. Essa é a realidade dura que muitos brasileiros do campo enfrentam - ou enfrentavam, pelo menos em partes de Mato Grosso do Sul.
O Senar/MS está virando esse jogo com uma iniciativa que merece aplausos. Eles literalmente estão levando o consultório médico até as porteiras das fazendas. Não é exagero - é um mutirão de saúde que já percorreu nada menos que 14 municípios só este ano.
O Que Exatamente Eles Oferecem?
Parece lista de balcão de farmácia, mas é tudo gratuito:
- Consultas com clínico geral - aquele bate-papo médico que pode detectar desde pressão alta até coisas mais sérias
- Exames de vista - porque enxergar bem não é luxo, é necessidade básica
- Aferição de pressão arterial e teste de glicemia - os famosos 'check-ups' rápidos que previnem sustos maiores
- Vacinação - sim, até contra a gripe comum que pode derrubar qualquer um
E tem mais. Muito mais. Eles ainda distribuem kits de higiene bucal - escova, pasta, fio dental - e fazem aquela palestra descontraída sobre cuidados básicos de saúde. Coisa que muita gente na cidade já esqueceu, mas no interior faz toda a diferença.
Os Números Impressionam
Desde que começaram, em agosto passado, já são mais de 2.500 atendimentos. Pare para pensar nisso: duas mil e quinhentas pessoas que talvez não tivessem acesso a um médico agora foram atendidas. É gente que trabalha duro, produz nosso alimento, mas muitas vezes negligencia a própria saúde por falta de opção.
E olha que interessante - a próxima parada será em Ribas do Rio Pardo, nos dias 8 e 9 de outubro. Quem mora na região já pode se programar.
Por Que Isso É Tão Revolucionário?
Pergunte a qualquer médico: prevenir é sempre melhor - e mais barato - que remediar. Essas ações detectam problemas de saúde antes que virem emergências. Hipertensão, diabetes, problemas de visão - tudo isso pode ser controlado quando descoberto cedo.
E tem o lado humano, claro. Muitos desses trabalhadores rurais passam anos sem conseguir uma consulta. Às vezes por dificuldade de transporte, outras por falta de tempo mesmo - quando você cuida de animais ou plantações, cada dia fora significa prejuízo.
Levar a saúde até eles? Isso sim é pensar em quem realmente sustenta esse país.
Quem coordena a ação explica, com aquela voz cheia de convicção: "Nosso objetivo é aproximar esses serviços essenciais de quem mais precisa". E estão conseguindo, diga-se de passagem.
É saúde chegando onde o asfalto termina. Onde o sinal de celular some, mas a esperança renasce.