A Prefeitura de Fortaleza estabeleceu um prazo crucial para milhares de famílias assistidas pelo programa Bolsa Família na capital cearense. Beneficiários pertencentes a grupos específicos têm até o dia 30 de dezembro de 2025 para realizar a atualização semestral obrigatória do cadastro. A falta desse procedimento pode levar diretamente à suspensão do auxílio financeiro.
Quem precisa se recadastrar e por que a urgência?
De acordo com Janaína Rocha, assessora técnica da Atenção Primária de Fortaleza, a situação é preocupante. Mais de 40% dos beneficiários na cidade ainda não cumpriram a obrigação neste ciclo. A determinação parte do Ministério da Saúde e visa integrar a gestão do benefício com o acompanhamento das condições de saúde das famílias.
A atualização é mandatória para os seguintes perfis:
- Gestantes;
- Crianças com idade entre 0 e 6 anos, 11 meses e 29 dias;
- Mulheres que estão amamentando (lactantes);
- Mulheres em idade fértil (de 14 a 44 anos).
Janaína Rocha fez um alerta especial: "Quem não fez no semestre passado, precisa mais do que nunca fazer nesse semestre, porque a gente não pode ter um intervalo de vários semestres sem atualização. O risco de suspensão do benefício fica mais gritante".
Passo a passo: onde ir e o que levar
O processo foi desburocratizado para facilitar o acesso. Os beneficiários devem comparecer a qualquer uma das 134 unidades de saúde do município, que funcionam das 7h às 19h, sem necessidade de agendamento prévio.
É recomendado levar a documentação pertinente para agilizar o atendimento:
- Cartão da gestante (para gestantes);
- Cartão de vacinação (para crianças);
- Cartão de acompanhamento do benefício (se possuir);
- Documento de identificação com o Número de Identificação Social (NIS).
Objetivo vai além do benefício: é cuidado
A assessora técnica enfatizou que, embora as notificações partam do Ministério da Saúde, o cerne da questão é a promoção da saúde. "Nossa busca é que essas pessoas venham até a unidade, para que acima de tudo, além de manter o seu benefício, mantenham a sua saúde em dia", afirmou Janaína Rocha.
Ela lembrou que a suspensão do pagamento é uma consequência real para quem descumprir a obrigação. Portanto, a orientação é clara: não deixe para a última hora. As famílias que se enquadram nos grupos citados devem priorizar a ida a uma unidade de saúde o mais rápido possível, assegurando a continuidade do apoio financeiro e o acompanhamento adequado de sua saúde.