
Puxa, o segundo trimestre de 2025 mal terminou e os números que chegam do setor de saúde suplementar são, para dizer o mínimo, impressionantes. A gente fica aqui pensando: enquanto muitos brasileiros ainda apertam o cinto, as operadoras de planos de saúde registraram um lucro líquido que beira o inacreditável – R$ 12,4 bilhões.
Não é pouco não, hein? É dinheiro que não acaba mais. E olha que estamos falando de um período que tradicionalmente não é o mais forte para o setor. Mas parece que a regra não se aplicou este ano.
De Onde Veio Tanto Dinheiro?
Bom, aí é que está o X da questão. Especialistas que acompanham o mercado – e eu conversei com alguns – apontam para um mix de fatores. Primeiro, a queda nas despesas com assistência médica foi significativa. Sabe aquele medo de ir ao médico que muita gente ainda tem pós-pandemia? Pois é, isso pode estar jogando a favor das operadoras.
Além disso, o tão falado envelhecimento da população parece estar surtindo efeito mais rápido do que se previa. Mais idosos, mais planos, mais contribuições... e, bem, talvez menos uso proporcional de alguns serviços de alta complexidade. É uma equação complexa, mas que no final das contas resultou nesse caixa extra.
Ah, e não podemos esquecer! A expansão da base de clientes continua firme. Mesmo com a economia dando sinais contraditórios, a adesão a planos de saúde segue sendo vista como prioridade para muitas famílias. Quem pode cortar o plano, afinal?
E Para Nós, Meros Mortais?
Aqui a coisa fica um pouco mais... complicada. Por um lado, empresas financeiramente saudáveis são importantes para garantir a sustentabilidade do sistema. Ninguém quer uma operadora quebrando e deixando milhares na mão.
Mas, cá entre nós, fica aquele gosto amargo na boca. Será que esses lucros astronômicos não poderiam ser, nem que fosse um pouquinho, revertidos em melhores serviços ou talvez – quem sabe? – em reajustes mais moderados? É uma pergunta que não quer calar.
O que se vê no dia a dia são mensalidades que não param de subir e uma dificuldade cada vez maior para marcar consultas com certos especialistas. Paradoxal, não?
O futuro? Bem, o setor parece otimista. A expectativa é que o bom momento continue, alimentado pela demanda reprimida e por inovações tecnológicas que prometem reduzir custos (telemedicina, alguém?).
Só espero que, da próxima vez que eu for ver meu reajuste anual, lembre desses R$ 12,4 bilhões e respire fundo. Muito fundo.