Paralisação de Médicos Conveniados Paralisa Cirurgias em Natal: Entenda o Conflito
Paralisação de médicos suspende cirurgias em Natal

A situação está feia, e os pacientes que dependem do sistema de saúde em Natal estão pagando o pato. Desde segunda-feira, uma paralisação dos médicos credenciados — aqueles que atendem por convênios — colocou o sistema de saúde da capital potiguar de joelhos.

Parece brincadeira, mas não é. Centenas de cirurgias eletivas simplesmente evaporaram dos calendários dos hospitais. E olha que não estamos falando de pouca coisa: segundo o Sindicato dos Hospitais e Clínicas do RN, a greve já afetou mais de 2 mil procedimentos que estavam na fila.

O que está por trás dessa confusão toda?

Bom, a raiz do problema é aquela de sempre: dinheiro. Os médicos credenciados — que trabalham através de cooperativas — estão reclamando que os valores pagos pelos planos de saúde não cobrem nem os custos básicos. É como tentar encher um balde furado, sabe?

"Os reajustes são uma piada de mau gosto", desabafa um cirurgião que preferiu não se identificar. "A gente trabalha cada vez mais para ganhar cada vez menos, enquanto os planos de saúde lucram horrores."

E os pacientes? Como ficam nessa história?

Ah, essa é a parte mais triste. Imagine você, marcou sua cirurgia há meses, organizou sua vida, tirou licença do trabalho, e do nada... puff! Tudo cancelado. A dona Maria, de 68 anos, que esperava por uma cirurgia de catarata, resume bem: "É como se a gente não importasse. Fico me perguntando se alguém se importa com a nossa dor."

Os hospitais particulares estão funcionando basicamente no modo emergência. Só passam pela faca quem está em situação de risco iminente. O resto? Bem, o resto fica na espera — uma espera sem data para acabar.

  • Cirurgias eletivas? Suspensas
  • Consultas de retorno? Remarcadas
  • Exames complementares? Na geladeira

E o pior: ninguém sabe quando essa baderna vai acabar. As negociações entre as cooperativas médicas e os planos de saúde estão travadas — e parece que ninguém quer ceder.

E o poder público? O que diz sobre isso?

O governo do estado está acompanhando a situação, mas — adivinhem — com as mãos relativamente atadas. Como se trata de uma relação entre empresas privadas e profissionais autônomos, a intervenção direta é limitada.

Mas cá entre nós, o silêncio é quase ensurdecedor. Enquanto isso, os corredores dos hospitais ficam cada vez mais cheios de pessoas com esperanças adiadas.

O que me deixa pensando: até quando o sistema aguenta? Os profissionais estão exaustos, os pacientes desesperançosos, e os números só pioram. Alguém tem que ceder, ou a situação vai explodir de vez.

Enquanto isso, Natal respira um ar de incerteza — e o relógio biológico de milhares de pessoas continua contando os minutos.