
Algumas histórias doem só de lembrar. E essa é uma delas. O ano era 2012, e no Distrito Federal, uma família vivia seus dias normais — até que a vida resolveu pregar uma daquelas peças que a gente nunca esquece.
Pedro Dino, menino de apenas 13 anos, filho caçula do então deputado federal Flávio Dino, foi internado às pressas. O motivo? Uma crise de asma daquelas bravas. E olha que a asma, essa doença que muita gente subestima, pode ser traiçoeira como ninguém.
Uma Batalha Contra o Tempo
Os médicos correram, a família rezou, mas às vezes a medicina esbarra em limites que doem na alma. Pedro não resistiu. Partiu no dia 10 de outubro de 2012, deixando um vazio que nenhum pai deveria conhecer.
Imagino a cena: corredores de hospital, vozes baixas, aquele silêncio que grita. Flávio Dino, hoje ministro do STJ, na época um parlamentar em início de carreira, tendo que enfrentar a pior das notícias.
Quando a Política Vira Pano de Fundo
É curioso — a gente acompanha os políticos nos jornais, discursos, votações. Mas esquece que por trás do cargo tem gente de carne e osso, com dores iguais às nossas. Essa tragédia familiar nos lembra exatamente disso.
Treze anos se passaram. Dino seguiu sua trajetória, tornou-se ministro, mas certamente carrega essa marca. Quem é pai ou mãe sabe — algumas feridas nunca fecham completamente, viram cicatrizes que latejam de vez em quando.
Reflexão Necessária
E a asma? Continua sendo uma daquelas doenças que muitos tratam com certa leviandade, mas que em casos graves pode ter desfechos trágicos. Talvez a lição que fique seja: valorizar cada respiração, cada momento com quem a gente ama.
Porque a vida, meu caro leitor, é frágil como vidro. E histórias como a de Pedro Dino nos cutucam para lembrar disso.