Ministério da Saúde gasta R$ 2,7 bilhões em remédios judicializados e alerta para risco de colapso financeiro
Ministério gasta R$ 2,7 bi com remédios judicializados

Parece brincadeira, mas não é. O Ministério da Saúde desembolsou nada menos que R$ 2,7 bilhões só no ano passado com remédios obtidos por meio de ações judiciais. Um rombo que, diga-se de passagem, não para de crescer — e já preocupa os gestores.

Os números são alarmantes. Em 2023, foram 157 mil processos desse tipo, um aumento de 15% em relação ao ano anterior. E o pior? A conta não para de subir, enquanto o governo tenta, sem muito sucesso, frear essa escalada.

O que está por trás dos números

Não é segredo para ninguém que o SUS enfrenta dificuldades para fornecer certos medicamentos de alto custo. Quando isso acontece, os pacientes recorrem à Justiça — e geralmente ganham. O problema? Essas decisões estão criando um efeito dominó nos cofres públicos.

"É como tapar buraco em barragem com as mãos", comenta um técnico do ministério que preferiu não se identificar. Segundo ele, enquanto não houver uma reformulação na política de medicamentos, a situação só tende a piorar.

Os medicamentos que mais pesam no bolso

  • Remédios para doenças raras: responsáveis por 40% dos gastos
  • Medicamentos oncológicos: 25% do total
  • Drogas para doenças crônicas: outros 20%
  • Demais medicamentos: 15%

Curiosamente, muitos desses processos são movidos por escritórios especializados — alguns até oferecem o serviço de graça, sabendo que vão receber honorários se ganharem a causa. Uma prática que, embora legal, acaba pressionando ainda mais o sistema.

E agora, José?

O ministério está entre a cruz e a espada. Por um lado, precisa cumprir as decisões judiciais. Por outro, vê seu orçamento sendo consumido por essas despesas — que, convenhamos, poderiam ser evitadas com um sistema de saúde mais eficiente.

Enquanto isso, os especialistas alertam: sem uma solução estrutural, o SUS pode entrar em colapso financeiro nos próximos anos. E aí, meu amigo, quem vai segurar essa barra?

PS: Vale lembrar que muitos desses medicamentos custam mais que um carro popular. Alguns ultrapassam a casa dos R$ 100 mil por paciente ao ano. Faz as contas aí...