
Imagine a cena: helicópteros cruzando o céu carioca, viaturas com sirenes ligadas e uma equipe de profissionais trabalhando contra o relógio. Não, não é cena de filme — é a realidade de uma operação que salvou vidas nesta sexta-feira (19).
O Rio virou palco de uma logística digna de missão impossível. Dois corações, um fígado e dois rins precisavam chegar a hospitais diferentes em tempo recorde. E olha que nem estamos falando de trânsito leve — era horário de pico, aquela loucura de sempre.
Nos bastidores da corrida contra o tempo
"Parece coisa de cinema, mas é nosso dia a dia", confessa um dos motoristas que participou do esquema. E não era para menos:
- 3 hospitais diferentes
- 5 órgãos para transporte
- Menos de 4 horas para tudo
Teve até mudança de rota no meio do caminho — porque no Rio, até os melhores planos esbarram na realidade do trânsito. Quem nunca, né?
O pulo do gato
O segredo? Coordenação militar. Enquanto uns órgãos iam de helicóptero (sim, aquele barulhinho chato que a gente reclama mas que salvou vidas hoje), outros seguiram em escolta policial. Detalhe: tudo sincronizado como coreografia de passinho.
"Quando a gente vê notícia de transplante bem-sucedido, mal imagina o ballet por trás", comenta uma enfermeira que acompanhou parte do processo. E ela tem razão — são dezenas de profissionais envolvidos, cada um com seu papel importantíssimo.
Ah, e não pense que é só jogar numa caixinha e mandar por Sedex. Cada órgão exige cuidados específicos, temperatura controlada, monitoramento constante... É tipo transportar um bolo de casamento, só que com vidas em jogo.
E no final?
Tudo chegou a tempo — graças a um esforço que misturou planejamento meticuloso com aquela pitada de improviso que só carioca sabe fazer. Os receptores já estão sendo preparados para os transplantes enquanto você lê esta matéria.
Fica o questionamento: num país onde tudo parece difícil, operações como essa mostram que quando a coisa é importante, a gente sabe fazer direito. Será que não deveria ser assim com tudo?