
Numa cerimônia que misturou esperança e discursos inflamados, o presidente Lula botou o pé em Goiana nesta quarta-feira (14) para inaugurar a tão esperada fábrica de hemoderivados da Hemobras. E não foi só falação não — o projeto promete revolucionar o acesso a remédios essenciais no Nordeste.
"Isso aqui vai ser o pulo do gato pra saúde pública", soltou o presidente, com aquela cara de quem tá vendo o futuro. A fábrica — que já tá tirando projeto do papel há anos — vai produzir albumina, imunoglobulinas e outros derivados do sangue, aqueles remédios que custam os olhos da cara quando a gente precisa comprar.
Números que impressionam
Olha só o que tá rolando:
- Investimento de R$ 1,2 bilhão (sim, com B mesmo)
- Capacidade pra produzir 12 milhões de frascos por ano
- Geração de 500 empregos diretos — e olha que a inauguração já criou um rebuliço na economia local
O ministro da Saúde, que tava lá fazendo pose pro fotógrafo, garantiu que a produção vai começar "antes do carnaval". Tomara que não seja promessa de político, né?
O que muda pra população?
Pra você que tá aí pensando "e eu com isso?", a parada é simples: menos dependência de importações e preços mais baixos. Quem já teve que correr atrás desses medicamentos sabe — é um parto conseguir e quando acha, o preço dói no bolso.
"A gente tá cortando o cordão umbilical com os laboratórios estrangeiros", disparou um técnico da Hemobras, todo orgulhoso. E olha que ele nem tava no palanque — tava lá no chão de fábrica, mostrando os equipamentos novinhos em folha.
Ah, e tem um detalhe que não pode passar batido: a fábrica foi pensada pra ser sustentável desde o projeto inicial. Energia solar, reaproveitamento de água... Parece até que aprenderam com os erros de outras obras públicas.
Polêmica? Claro que tem!
Nada no Brasil passa sem um pé atrás, e aqui não foi diferente. Alguns especialistas soltaram o verbo sobre os desafios:
- Manter a qualidade dos produtos no longo prazo
- Garantir matéria-prima suficiente (ou seja, doações de sangue regulares)
- Distribuição eficiente pra todo o país
Mas convenhamos — depois de tanto tempo só no papel, ver a obra pronta já é um alívio. Até os críticos mais ferrenhos admitiram que "é melhor ter do que não ter".
Enquanto isso, em Goiana, o clima é de festa. O prefeito local já tá fazendo contas de quanto isso pode injetar na economia da cidade — e os comerciantes, é claro, tão de olho no movimento que os novos empregados vão gerar.
E aí, será que dessa vez a promessa vai se cumprir? O povo pernambucano — e o sistema de saúde brasileiro — torcem pra que sim. Afinal, como diz o ditado: "obra feita, metade paga".