
Uma das irmãs siamesas submetidas a uma delicada cirurgia de separação no Hospital Infantil de Vitória, no Espírito Santo, teve morte cerebral confirmada pelos médicos. O procedimento, considerado de alta complexidade, foi realizado na última semana, mas infelizmente não teve o desfecho esperado.
As gêmeas, que compartilhavam órgãos vitais, nasceram unidas pela região do abdômen e pelve. A equipe médica havia se preparado por meses para a operação, que durou mais de 20 horas.
Detalhes da cirurgia
Segundo informações do hospital, a separação das irmãs exigiu a participação de mais de 30 profissionais, incluindo cirurgiões, anestesistas e enfermeiros especializados. A equipe enfrentou desafios inesperados durante o procedimento.
A irmã que sobreviveu está em estado grave, mas estável, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Os médicos afirmam que ela responde bem ao tratamento, mas ainda requer cuidados intensivos.
Reação da família
A família das crianças, residentes em Vila Velha, recebeu o apoio de psicólogos do hospital. Em nota, os pais agradeceram a dedicação da equipe médica e pediram privacidade neste momento difícil.
"Estamos destruídos com a perda de nossa filha, mas temos fé na recuperação da outra. Sabemos que os médicos fizeram tudo o que era humanamente possível", declarou o pai das gêmeas.
Próximos passos
O hospital informou que irá realizar uma análise detalhada de todo o procedimento, como é padrão em casos complexos. Enquanto isso, a irmã sobrevivente continuará sendo monitorada 24 horas por dia.
Este caso chama atenção para os desafios da medicina em procedimentos raros e de alta complexidade, destacando a importância do investimento em saúde pública para casos especiais.