
A cidade de Ipatinga, no Vale do Aço mineiro, respira um pouco mais aliviada depois de um esclarecimento importante da prefeitura. Aquele frio na espinha que toma conta quando se fala em envenenamento por metanol — lembra dos casos trágicos que pipocam pelo país? — felizmente não se confirmou aqui.
A Secretaria Municipal de Saúde foi categórica: a morte que estava sendo investigada não teve nenhuma relação com contaminação por álcool metílico. E olha que a desconfiança pairou no ar por um tempo, não é mesmo? Quando se trata de substâncias tóxicas, o pânico se espalha feito rastro de pólvora.
O que realmente aconteceu?
Bom, vamos com calma. A vítima era um homem de 49 anos — nome não divulgado, respeito à família — que faleceu no Hospital Municipal no último dia 4 de outubro. Inicialmente, correu aquele burburinho sobre possível intoxicação por metanol, mas a verdade é outra.
Os exames toxicológicos, aquela análise minuciosa que não deixa margem para erro, descartaram completamente a presença do tal álcool metílico no organismo. Fato curioso: o laudo preliminar apontou para uma sépsis de origem comunitária como causa provável do óbito. Sepse, para quem não sabe, é aquela infecção generalizada que pega todo mundo de surpresa.
E agora, o que dizem as autoridades?
O secretário municipal de Saúde, João Bosco, foi direto ao ponto numa coletiva imprensa. "Não há nenhum caso de intoxicação exógena envolvendo metanol sendo investigado em nossa rede", afirmou, com aquela convicção de quem tem os dados na ponta da língua.
Mas atenção: o caso continua sob investigação do Instituto Médico Legal (IML). A políia — sempre meticulosa — aguarda o laudo definitivo para fechar o quebra-cabeça. Porque na medicina legal, cada detalhe importa, cada exame conta uma história.
Enquanto isso, a Vigilância Epidemiológica municipal segue monitorando a situação com olhos de águia. Nada de alarmismo, mas também nada de relaxamento. Segurança em primeiro lugar, sempre.
Que fique o aprendizado: nem tudo que reluz é ouro, e nem toda morte suspeita envolve venenos dramáticos. Às vezes, a verdade é mais simples — e menos cinematográfica — do que imaginamos.