
Imagine só: você vai pegar seus remédios de rotina no posto de saúde e, do nada, descobrem que você... não existe mais. Parece piada, mas foi exatamente o que aconteceu com uma idosa de Minas Gerais — e olha que a história só piora.
A dona Maria (vamos chamá-la assim pra preservar a identidade) quase caiu pra trás quando o atendente do SUS olhou pra tela do computador, fez cara de espanto e soltou: "Mas senhora... o sistema tá dizendo que a senhora faleceu em agosto do ano passado!". Nem o melhor roteirista de novela conseguiria inventar uma cena dessas.
O pesadelo burocrático
O que deveria ser uma simples retirada de medicamentos virou um verdadeiro pesadelo. A família da idosa — que, diga-se de passagem, estava ali, viva e respirando — teve que:
- Correr atrás de documentos pra provar que ela não era um fantasma
- Ligar pra meia dúzia de repartições públicas
- Ouvir cada desculpa esfarrapada de funcionário
E o pior? A falha no sistema já durava mais de um ano — tempo suficiente pra um bebê nascer, aprender a andar e quase dizer as primeiras palavras.
"Cadáver" com direito a RG e CPF
Aqui é que a coisa fica ainda mais absurda: durante todo esse tempo, a "falecida":
- Votou nas últimas eleições (sim, com título regularizado)
- Renovou documentos
- Até fez compras no cartão de crédito
Ou seja: pra Receita Federal e pro TRE, ela estava mais viva do que nunca. Já pro SUS... bem, parece que alguém deu um "ctrl+alt+del" na existência dela sem avisar.
O caso — que beira o cômico se não fosse trágico — expõe aquele velho problema brasileiro: sistemas que não conversam entre si, burocracia que mais atrapalha que ajuda, e o cidadão comum pagando o pato.
Enquanto isso, a família ainda tenta descobrir como e por que alguém digitou "enter" na morte errada. Será que foi um erro de digitação? Alguém confundiu os documentos? Ou será que o sistema de saúde brasileiro tá tão ruim que até os vivos viram estatística de óbito?