O que parecia um exagero da ficção revela-se uma triste realidade no Brasil. Na novela Três Graças, a personagem Lígia, interpretada por Dira Paes, vive um drama que vai além das telas: ela consome medicamentos de alto custo para uma doença rara que são substituídos por placebos de farinha em um esquema criminoso.
Da ficção para a vida real
Infelizmente, essa trama fictícia espelha um problema grave no país. O golpe de medicamentos falsificados é muito mais comum do que imaginamos, especialmente com a popularização das compras pela internet. A farmacêutica Amouni Mourad, assessora técnica do Conselho Regional de Farmácia de São Paulo, alerta sobre os riscos dessa prática criminosa.
Os criminosos não miram apenas remédios conhecidos do grande público. Eles buscam tudo que apresenta alta demanda, preço elevado ou logística complicada, tornando o problema ainda mais amplo e perigoso.
Como identificar medicamentos falsos
Reconhecer os sinais de alerta pode significar a diferença entre a saúde e o risco de vida. A especialista explica que embalagens danificadas, preços absurdamente baixos e vendedores não autorizados são indicativos importantes de que algo está errado.
O problema vai além do prejuízo financeiro. Consumir medicamentos falsificados coloca a saúde em risco imediato, pois o paciente deixa de receber o tratamento adequado para sua condição médica.
Proteção contra o crime farmacêutico
Para se proteger, os consumidores devem comprar medicamentos apenas em farmácias físicas autorizadas ou em estabelecimentos online registrados na Anvisa. Desconfiar de preços muito abaixo do mercado é essencial, assim como verificar a autenticidade dos produtos através de sistemas de rastreabilidade.
A fiscalização e a denúncia são armas importantes no combate a esse crime. Ao suspeitar de qualquer irregularidade, o cidadão deve comunicar às autoridades sanitárias imediatamente.