A farmacêutica Eli Lilly anunciou oficialmente no Brasil o lançamento de uma nova ferramenta digital para combater a falsificação do medicamento Mounjaro. A iniciativa, divulgada nesta terça-feira, 12 de dezembro de 2025, visa proteger pacientes e profissionais de saúde diante do crescimento da comercialização irregular do produto no país.
Como funciona a ferramenta LillyScan
Batizada de LillyScan, a solução permite a verificação da autenticidade do Mounjaro por meio da leitura de um QR Code. O código está impresso diretamente na embalagem original do medicamento. Ao ser escaneado por um celular ou computador, o sistema consulta uma base de dados e confirma se o número de série corresponde a um lote fabricado e distribuído legalmente pela Eli Lilly no território brasileiro.
A empresa orienta que pacientes e profissionais de saúde fiquem atentos a sinais evidentes de irregularidade na embalagem. QR Codes borrados, ilegíveis ou a ausência total do código são fortes indícios de um produto falsificado ou comprometido.
O alerta sobre as versões falsas e manipuladas
O lançamento da ferramenta é uma resposta direta ao aumento alarmante de versões falsas do Mounjaro, bem como de produtos anunciados apenas como "tirzepatida" – o princípio ativo do medicamento. A farmacêutica foi enfática ao afirmar que qualquer produto comercializado apenas com esse nome, sem a marca Mounjaro, não foi fabricado, estudado ou registrado pela empresa e não possui a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Segundo comunicado da Eli Lilly, as versões manipuladas, frequentemente vendidas em ampolas e não na apresentação original em "canetas", não passam pelos rigorosos controles de qualidade, segurança, eficácia e farmacovigilância exigidos para um medicamento industrializado.
Riscos graves para a saúde
A empresa alertou sobre os perigos concretos associados ao uso de produtos falsificados ou manipulados. Esses itens podem ser produzidos em ambientes inseguros e não estéreis, representando um risco significativo à saúde dos pacientes.
Os principais riscos identificados pela fabricante incluem:
- Ausência do princípio ativo correto.
- Presença do medicamento errado ou de dosagens incorretas.
- Mistura de múltiplos ingredientes não autorizados.
- Contaminação por substâncias nocivas, como bactérias, endotoxinas e outras impurezas.
O consumo desses produtos irregulares pode resultar em problemas de saúde graves e imprevisíveis, uma vez que sua composição e procedência são desconhecidas. A Eli Lilly reforça a importância de adquirir medicamentos apenas em farmácias autorizadas e de sempre verificar a autenticidade do produto, utilizando a nova ferramenta LillyScan como uma barreira adicional de segurança.