Sucos Vencidos e Alimentos em Estado Lastimável: A Crise na Alimentação Escolar do Interior Paulista
Escolas de SP têm sucos vencidos e alimentos mal armazenados

Imagine mandar seu filho para a escola e descobrir que a merenda oferecida pode fazer mal à saúde. Pois é, essa foi a realidade chocante que uma fiscalização de rotina revelou em estabelecimentos de ensino do interior de São Paulo.

A coisa ficou feia — e olha que estou sendo gentil na descrição. Em Itapetininga, a 170 km da capital, a situação beira o inacreditável. Sucos com data de validade vencida há meses, iogurtes que já deveriam ter virado história e alimentos armazenados de qualquer jeito. Uma verdadeira roleta-russa alimentar.

O que os fiscais encontraram?

Parece roteiro de filme de terror, mas infelizmente é a pura realidade. A Vigilância Sanitária Municipal, fazendo seu trabalho de forma correta, deparou-se com:

  • Sucos prontos para consumo com validade expirada desde agosto — estamos em outubro, pra constar
  • Iogurtes que já tinham passado do ponto há semanas
  • Um armazenamento que dá calafrios: tudo misturado, sem a menor organização
  • Condições que fariam qualquer nutricionista ter um troço

E o pior? Isso tudo em escolas públicas, onde muitas crianças dependem da merenda como principal refeição do dia. Dá pra acreditar?

A resposta das autoridades

A Secretaria Municipal de Educação — que deveria estar com as orelhas queimando — se pronunciou sobre o caso. Eles garantem que tomaram medidas imediatas assim que foram alertados sobre a situação. Mas cá entre nós, será que precisava chegar a esse ponto?

Segundo o pessoal da prefeitura, os produtos irregulares foram recolhidos na hora. Também prometeram investigar como esses alimentos vencidos pararam nas prateleiras das escolas. Tomara que a investigação seja séria, porque estamos falando da saúde de crianças.

Um problema que vai além da validade

O que mais me preocupa nessa história toda não são apenas os produtos vencidos. É todo o contexto por trás disso. Como é que um município deixa a situação chegar a esse ponto? Onde estava o controle de qualidade? E os responsáveis pela merenda escolar — será que ninguém notou?

Pensando bem, isso me lembra aquele ditado: "o barato sai caro". Economizar na alimentação escolar pode custar caro para a saúde das nossas crianças. E para os cofres públicos também, com possíveis processos e indenizações.

O caso de Itapetininga serve como alerta para outras cidades do interior. Se aconteceu lá, pode estar acontecendo aqui na minha rua, no seu bairro, na cidade do lado. A merenda escolar é direito constitucional, não favor. E tem que ser de qualidade.

Enquanto isso, os pais ficam naquela dúvida angustiante: será que posso confiar na alimentação que meu filho recebe na escola? Pergunta que não quer calar.