Defensoria Pública do Amazonas investiga falhas no acesso a remédios em municípios do interior
Defensoria apura falta de remédios em cidades do Amazonas

Imagine precisar de um remédio que salva vidas e simplesmente não encontrá-lo em nenhum posto de saúde. Pois é, essa realidade está mais próxima do que a gente pensa — e a Defensoria Pública do Amazonas decidiu botar o dedo na ferida.

Desde ontem, o órgão tá com a faca e o queijo na mão pra investigar um problema que não é novo, mas que parece estar longe de acabar: a falta crônica de medicamentos em municípios do interior do estado. E olha, a situação tá feia, viu?

O que está sendo apurado

Segundo fontes próximas ao caso — que preferiram não se identificar, claro —, a Defensoria recebeu um monte de reclamações de gente que tá literalmente enrolando o próprio remédio na farmácia popular. A lista inclui desde remédios pra pressão alta até insulina, aquela que diabético não pode ficar sem nem por um dia.

"É um descaso que beira o inacreditável", soltou um defensor público que tá há anos na estrada visitando esses municípios. Ele contou casos de pacientes que precisam viajar horas de barco pra tentar a sorte na capital — muitas vezes voltando de mãos vazias.

Os números que assustam

  • Pelo menos 15 municípios na mira das investigações
  • Mais de 50 tipos de medicamentos em falta constante
  • Alguns postos sem reposição há mais de 3 meses

E sabe o que é pior? Tem gente misturando chá caseiro com remédio vencido pra ver se cola. "Não é brincadeira, é desespero mesmo", confessou uma agente comunitária de saúde que pediu pra não ser identificada.

O que diz a Defensoria

Em nota oficial — daquelas cheias de juridiquês, mas com um tom mais firme que o normal —, a instituição deixou claro que não vai passar pano pra situação. Eles tão exigindo explicações detalhadas das secretarias municipais e, se bobear, vão parar no Ministério Público.

"Quando o básico falta, todo o resto desmorona", disparou o coordenador do Núcleo de Saúde da Defensoria, em um raro momento de franqueza. Ele adiantou que a investigação vai pegar pesado na análise dos processos de compra e distribuição — áreas que, convenhamos, sempre dão o que falar.

Enquanto isso, nos confins do Amazonas, Dona Maria — nome fictício, mas história real — conta os comprimidos que sobrou pra ver se dura até o próximo lote chegar. "Tô dividindo ao meio, mas não sei se tá adiantando", diz, enquanto mostra uma cartela quase vazia. Triste? Muito. Surpreendente? Nem um pouco.