
A coisa ficou séria em Mogi das Cruzes, e não é brincadeira. Um clube da cidade — que prefere não ter o nome divulgado — decidiu tirar de circulação todas as bebidas destiladas depois que vários clientes passaram mal de forma suspeita. E olha, não foi aquela embriaguez comum não.
Pelo menos três pessoas tiveram que ser levadas às pressas para hospitais da região com sintomas que iam desde tonturas insuportáveis até visão embaçada. Os médicos que atenderam os casos não tiveram dúvida: era intoxicação por metanol, uma substância perigosíssima que pode cegar — ou coisa pior.
O que diabos está acontecendo?
A Vigilância Sanitária municipal já está com a faca e o queijo na mão, investigando a origem dessas bebidas que intoxicaram as pessoas. Eles coletaram amostras dos destilados que estavam sendo servidos no clube e mandaram para análise. Enquanto os resultados não saem, a casa preferiu fechar a torneira de tudo que é destilado.
"Tomamos essa decisão por precaução, pela segurança dos nossos frequentadores", explicou um representante do estabelecimento, que evidentemente não quis se identificar. A medida é temporária, mas ninguém arrisca dizer até quando vai durar.
Metanol não é brincadeira
Pra quem não sabe, metanol é um álcool que não deveria estar em bebidas consumíveis. O problema é que ele é mais barato que o etanol — aí alguns fabricantes sem escrúpulos acabam misturando nas suas produções. Só que o corpo humano transforma essa substância em ácido fórmico, que ataca principalmente o sistema nervoso e os olhos.
Os sintomas começam como uma ressaca exagerada — dor de cabeça fortíssima, náuseas, tontura — mas podem evoluir para cegueira e, nos casos mais graves, levar à morte. E o pior: muitas vezes a pessoa só sente os efeitos horas depois de ter consumido.
Os casos em Mogi aconteceram entre sexta-feira e sábado da semana passada, segundo as autoridades de saúde. Todos os pacientes intoxicados passam bem — ainda bem — mas a situação deixou todo mundo em alerta máximo.
E agora, José?
Enquanto isso, o clube segue funcionando, mas só serve cerveja, vinho e refrigerantes. Os donos garantem que vão cooperar totalmente com a investigação e que só vão voltar a vender destilados quando tiverem absoluta certeza de que não há risco para ninguém.
Moral da história? Cuidado redobrado com o que você bebe por aí. Às vezes o barato sai caro — muito caro mesmo.