
O Conselho Federal de Medicina (CFM) anunciou uma ampliação nos critérios para elegibilidade à cirurgia bariátrica no Sistema Único de Saúde (SUS). A medida visa incluir mais pacientes no tratamento da obesidade, porém, dados revelam que apenas 10% dos procedimentos necessários são realizados anualmente.
Novos critérios do CFM
As novas diretrizes permitem que pacientes com IMC a partir de 35 e comorbidades associadas, como diabetes e hipertensão, possam ser candidatos ao procedimento. Anteriormente, o limite era IMC 40 sem comorbidades ou 35 com doenças graves.
Desafios no SUS
Embora a mudança amplie o acesso, a realidade do SUS mostra um cenário preocupante:
- Fila de espera supera 2 anos em alguns estados
- Infraestrutura limitada para procedimentos complexos
- Falta de equipes multidisciplinares especializadas
Impacto na saúde pública
A obesidade atinge cerca de 20% da população brasileira, sendo fator de risco para diversas doenças crônicas. Especialistas alertam que a demora no tratamento aumenta os custos para o sistema de saúde e reduz a qualidade de vida dos pacientes.
O que dizem os especialistas
"A ampliação dos critérios é importante, mas precisamos de investimentos em estrutura e capacitação para atender a demanda", afirma o cirurgião bariátrico Dr. Carlos Eduardo. Já o CFM defende que a medida é o primeiro passo para reduzir as barreiras de acesso ao tratamento.