
Imagine ter que viajar horas para fazer um exame de ultrassom ou uma tomografia? Pois essa realidade está com os dias contados para milhares de piauienses. O governo estadual acaba de dar um passo gigantesco na saúde pública.
Três novas Centrais de Diagnóstico por Imagem estão prestes a entrar em funcionamento - e isso vai mudar completamente o acesso aos serviços de saúde no interior. Teresina, Picos e Floriano foram os municípios escolhidos para sediar essas unidades moderníssimas.
O que muda na prática?
Bom, a resposta é simples: tudo. Antes, se você morasse em um município distante e precisasse de exames mais complexos, tinha basicamente duas opções: esperar meses na fila ou gastar uma fortuna se deslocando até a capital. Agora não mais.
As novas centrais vão oferecer:
- Ultrassonografia geral e especializada
- Mamografia digital (fundamental para o combate ao câncer de mama)
- Radiografia convencional e odontológica
- Densitometria óssea
- E até exames de eletrocardiograma
E olha que impressionante: só a central de Teresina deve realizar mais de 50 mil procedimentos por mês. É gente pra caramba sendo atendida sem precisar se deslocar grandes distâncias.
Mais do que máquinas, dignidade
O governador Rafael Fonteles deixou claro durante a inauguração das obras: "Isso aqui não é só concreto e equipamentos. É dignidade para nossa gente". E ele tem razão. Saúde de qualidade não deveria ser privilégio de quem mora nas grandes cidades.
Aliás, quem já precisou levar um parente idoso ou uma criança doente para fazer exame em outra cidade sabe o desgaste que isso representa. É custo de transporte, é hospedagem, é alimentação... Tudo isso pesa no bolso de quem já está enfrentando problemas de saúde.
Com essas novas unidades, o Piauí dá um salto importante na interiorização da saúde. E o melhor: tudo pelo SUS, gratuito e para todos.
Como vai funcionar?
O sistema foi pensado para ser ágil e eficiente. Os pacientes serão encaminhados pelas unidades básicas de saúde de seus municípios diretamente para as centrais mais próximas. Sem intermediários, sem burocracia excessiva.
E tem mais uma vantagem: com a descentralização, as filas de espera devem diminuir consideravelmente em todo o estado. É aquela história - quando você espalha o atendimento, todo mundo ganha.
As obras seguem em ritmo acelerado e a expectativa é que as unidades estejam funcionando a pleno vapor ainda este ano. Enquanto isso, os profissionais de saúde já estão sendo capacitados para operar os novos equipamentos.
Parece pouco? Pode ter certeza que não é. Para muitas famílias do interior piauiense, essas centrais representam a diferença entre o diagnóstico precoce e o tratamento tardio. Entre a esperança e o desespero.
E no final das contas, é disso que se trata a saúde pública: de cuidar das pessoas onde elas estão, sem distinção. O Piauí parece ter entendido bem essa lição.