Crise na Saúde: Campinas bate recorde histórico de reclamações sobre filas e cancelamentos
Campinas: recorde de reclamações na saúde

A situação está crítica, meus amigos. Dá até um aperto no coração de ver o que está acontecendo com a saúde em Campinas. O número de pessoas reclamando dos hospitais da região simplesmente explodiu — e quando digo explodir, é para cima mesmo, batendo todos os recordes anteriores.

Parece que virou rotina: você marca uma consulta, organiza sua vida toda em torno daquela data, e do nada... cancelam. Sem explicação, sem nova data, sem nada. E se for algo mais sério, uma cirurgia? Aí é que o bicho pega mesmo.

Números que assustam

Os dados são oficiais e mostram uma realidade dura. Só no primeiro semestre deste ano, a ouvidoria do município registrou 1.237 queixas relacionadas à saúde. Isso representa um aumento absurdo de 58% em comparação com o mesmo período do ano passado.

Dá para acreditar? Mais da metade dessas reclamações — 638, para ser exato — eram sobre consultas e procedimentos cancelados pelos hospitais. A situação está tão feia que virou tema de conversa em padarias, farmácias, ponto de ônibus...

O desabafo de quem vive na pele

Conversei com algumas pessoas que passaram por isso. Tem gente que já remarcou a mesma consulta três, quatro vezes. Outros que esperam por cirurgias há meses, vendo sua qualidade de vida se deteriorar a cada dia que passa.

"É uma angústia sem fim", me contou uma senhora que prefere não se identificar. "Você fica naquele limbo, sem saber quando vai ser atendido, se vai ser atendido..."

E o pior: muitas vezes nem avisam do cancelamento. A pessoa se programa, pega transporte, gasta dinheiro com passagem, e quando chega no hospital... "Ah, doutor não veio hoje". Como se fosse a coisa mais normal do mundo.

Além dos cancelamentos

Mas não para por aí. As filas para cirurgias eletivas estão se arrastando de maneira assustadora. Tem casos de pessoas esperando meses por procedimentos que, em tese, não deveriam ser tão complicados de agendar.

E os exames? Outro capítulo triste dessa história. Muita gente naquela espera interminável por ressonância, tomografia, esses exames mais especializados. Enquanto isso, a saúde vai ficando para depois.

O que me deixa pensando: até quando essa situação vai se arrastar? Porque saúde não é algo que pode esperar — quando adiamos um tratamento, o problema só tende a piorar.

O que dizem as autoridades

Bom, tentei buscar respostas. A prefeitura reconhece que houve aumento nas reclamações, mas diz que está trabalhando para melhorar a situação. Falam em reorganização de fluxos, otimização de agendas... o jargão de sempre, sabe como é.

Mas na prática, na vida real das pessoas que dependem do SUS e dos hospitais conveniados, a mudança ainda não chegou. E o pior: com a chegada do inverno e o aumento tradicional de doenças respiratórias, a tendência é piorar antes de melhorar.

Enquanto isso, o 156 segue recebendo dezenas de ligações por dia. Gente cansada, gente desesperada, gente que já perdeu a esperança de ser atendida com dignidade. Uma situação que, francamente, não deveria existir em uma cidade como Campinas.