Imagine a cena: recém-nascidos, frágeis como pétalas, recebendo por engano um medicamento completamente inadequado. Foi exatamente o que aconteceu num hospital de Santa Catarina, deixando famílias em estado de choque e profissionais de saúde atônitos.
A diretora da unidade, em entrevista coletiva com voz embargada, classificou o ocorrido como "um erro gravíssimo, inaceitável". O que deveria ser um procedimento de rotina transformou-se num pesadelo quando, ao invés do soro fisiológico, os pequenos pacientes receberam — pasmem — soro antiofídico.
Como isso pôde acontecer?
Segundo fontes internas, o problema teria começado com uma confusão nos armários de medicamentos. O soro contra veneno de cobras, que normalmente fica em áreas restritas, estava "impropriamente armazenado" junto a outros soros de uso comum. Um verdadeiro convite ao desastre.
Detalhes que assustam:
- Pelo menos três recém-nascidos foram expostos ao medicamento errado
- O erro só foi percebido horas depois da administração
- As famílias não foram informadas imediatamente — mais um ponto controverso
"É como se tivessem tratado bebês saudáveis como vítimas de picadas de cobra", comentou uma enfermeira que pediu anonimato. A analogia, embora chocante, parece perfeita para descrever o absurdo da situação.
E agora?
Os bebês estão sob observação constante. Até o momento, felizmente, não apresentaram reações adversas graves. Mas a pergunta que não quer calar: quantas "quase tragédias" precisam ocorrer antes que protocolos de segurança sejam realmente levados a sério?
O Conselho Regional de Medicina já foi acionado e prometeu uma investigação "minuciosa e sem rodeios". Enquanto isso, a diretoria do hospital tenta controlar os danos — tanto aos pequenos pacientes quanto à já combalida imagem da instituição.
Numa época em que a saúde pública brasileira vive dias tão difíceis, casos como esse são como sal em ferida aberta. Resta saber se servirão pelo menos como lição para evitar novos descalabros.
