
Imagine acordar e descobrir que não há uma gota d'água na torneira. Nem para escovar os dentes, muito menos para tomar aquele café que salva a manhã. Pois é, essa tem sido a realidade cruel de milhares de moradores de Artur Nogueira — uma semana inteira nessa secura desesperadora.
O problema — que já virou quase um personagem indesejado na cidade — começou no último domingo, 18 de agosto. De repente, sem aviso, as torneiras secaram. E não voltaram. Quem depende da Sanasa (aquela que devia garantir nosso abastecimento) tá se virando nos 30. Ou melhor, nos baldes.
Desabafos que ecoam nas redes
As redes sociais viraram um verdadeiro mural de lamentações — e com razão. Um morador da Vila Planalto descreveu a situação como "desumana". Outra, do Jardim das Paineiras, contou que tá comprando água mineral até para cozinhar. Não é exagero. É pura sobrevivência.
E olha, a coisa é séria. Tem gente usando água de poço — que nem sempre é segura —, outros recorrendo a carros-pipa improvisados. A Sanasa, por sua vez, emitiu uma nota dizendo que "estuda as causas" e "trabalha para normalizar o abastecimento". Mas, francamente... uma semana?
Além da sede: os impactos invisíveis
Não é só sobre não tomar banho — embora já seja grave. Comércios fechando mais cedo, restaurantes limitando cardápios, idosos em risco. A falta d'água paralisa a cidade inteira, como um corpo sem sangue.
E tem mais: a saúde pública fica ameaçada. Sem higiene básica, doenças se espalham. Crianças sem beber água suficiente na escola. Um cenário que, em pleno 2025, parece saído de um retrocesso brutal.
Enquanto isso, a prefeitura local emite comunicados pedindo paciência. Paciência? Depois de 168 horas sem água, a palavra perde o sentido. O que sobra é revolta — e uma pergunta que não cala: até quando?