
A coisa ficou séria — e não é brincadeira. A Anvisa soltou o verbo e mandou recolher um lote específico de Botox que estava circulando por aí como se fosse legítimo. Sabe aquele produto que todo mundo usa para suavizar aquelas marquinhas de expressão? Pois é. Só que essa leva, infelizmente, era falsa. Muito falsa.
A tramoia veio à tona depois que a AbbVie, a própria fabricante — aquela que detém a marca Allergan —, notou algo estranho. Eles avisaram a Anvisa: «Gente, tem um lote por aí com a carinha da gente, mas não é nosso não.»
E olha, não foi algo pequeno. O lote em questão é o C6480C1, com validade até agosto de 2026. A embalagem? Quase idêntica à original. Quase. Quem não manja dos paranauês pode cair que nem patinho.
Mas e aí, qual o perigo real?
Botox falsificado não é só «meio diferente» ou «mais fraquinho». Pode conter substâncias não testadas, impurezas ou até toxinas em concentrações perigosas. Aplicar isso no rosto — ou em qualquer lugar — é roleta-russa. Reações alérgicas graves, infecções e até paralisia muscular indesejada são riscos reais. Assustador, né?
A Anvisa foi taxativa: se você é profissional da área, clinic ou distribuidor, pare tudo. Cheque seus estoques. Se encontrar unidades desse lote, deve recolhê-las imediatamente e notificar a vigilância sanitária local. Não dá para fingir que não viu.
E o consumidor, como se protege?
- Exija sempre ver a caixa e a embalagem do produto na sua frente;
- Desconfie de preços absurdamente baixos — qualidade tem custo, amigo;
- Procure sempre clínicas e profissionais sérios, com boa reputação;
- Se notar algo estranho na embalagem ou no frasco, denuncie. Não fique quieto.
No fim das contas, a lição é clara: quando o assunto é saúde — ou beleza que mexe com o corpo —, o barato pode sair caro. Muito caro. Fique esperto.