A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) acaba de publicar uma resolução que proíbe terminantemente o uso de ozônio em suplementos alimentares e bebidas energéticas em todo o território brasileiro. A decisão histórica visa proteger a população contra potenciais riscos à saúde.
O que muda com a nova regulamentação
A partir de agora, fica expressamente vedada a adição de ozônio como ingrediente em:
- Suplementos alimentares de qualquer tipo
- Bebidas energéticas
- Formulações destinadas a atletas e praticantes de atividade física
A medida atinge diretamente produtos que vinham sendo comercializados com alegações de propriedades desinfetantes ou de potencialização de efeitos.
Riscos à saúde que motivaram a proibição
Segundo especialistas da Anvisa, o ozônio não é seguro para consumo humano quando adicionado a alimentos e bebidas. Entre os principais perigos identificados estão:
- Toxicidade aguda: Pode causar irritação no trato gastrointestinal
- Danos celulares: O ozônio é um oxidante potente que pode lesionar células
- Reações adversas: Risco de interações com outros componentes dos produtos
- Falta de comprovação: Não há estudos que demonstrem segurança para consumo
Posicionamento da Anvisa
Em nota oficial, a agência reguladora foi categórica: "Não existem evidências científicas que comprovem a segurança do ozônio quando ingerido por seres humanos. Pelo contrário, há indicativos claros de riscos à saúde".
A decisão se baseou em extensa análise técnica e consulta a especialistas de diversas áreas da saúde, que foram unânimes em recomendar a proibição.
O que os consumidores devem fazer
Diante da nova regulamentação, a Anvisa orienta:
- Verificar atentamente os rótulos dos produtos
- Não adquirir suplementos ou energéticos que mencionem ozônio na composição
- Descontinuar o uso imediato de qualquer produto que contenha a substância
- Reportar à vigilância sanitária qualquer produto que descumpra a nova regra
A medida reforça o compromisso da agência com a segurança alimentar e a proteção da saúde pública brasileira, alinhando-se às melhores práticas internacionais de regulamentação.