Uma forte chuva que atingiu o Distrito Federal na tarde desta quarta-feira, 3 de abril, provocou um alagamento no setor de Reprodução Humana do Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB). A água acumulada chegou a escorrer por uma abertura no teto do prédio, conforme registrado em vídeos feitos no local.
Falha na capacidade de escoamento
De acordo com a Secretaria de Saúde do DF, o volume de precipitação superou a capacidade de vazão das calhas da unidade hospitalar. Imediatamente após o incidente, a equipe de manutenção foi acionada para conter a água que se acumulava no chão. Em nota oficial, a pasta garantiu que nenhum equipamento médico foi danificado e que o hospital continua funcionando normalmente.
A secretaria informou ainda que um projeto de reforma e modernização completa do sistema de cobertura do HMIB já está em andamento. A iniciativa tem como objetivo principal ampliar a capacidade de escoamento das calhas e adequar integralmente a drenagem pluvial, prevenindo novos episódios como o desta quarta-feira.
Histórico de problemas estruturais e reforma adiada
Este não é o primeiro problema estrutural a afetar o Hospital Materno Infantil de Brasília em 2024. Em fevereiro, a Defesa Civil interditou parte do centro obstétrico e da UTI neonatal devido à presença de rachaduras no prédio. Com o fechamento dessas áreas para reformas, o fluxo de pacientes precisou ser redirecionado para outras unidades, como o Hospital Universitário de Brasília (HUB) e o Hospital Regional da Asa Norte (HRAN).
Inicialmente, a obra de recuperação deveria ser concluída em setembro deste ano. No entanto, o prazo foi drasticamente estendido. A Secretaria de Saúde agora prevê que o projeto de reforma seja finalizado apenas no início de 2026, para só então dar início ao processo licitatório para a execução das obras físicas.
Monitoramento prolongado justifica atraso
O adiamento, conforme explicado pela pasta em outubro, deve-se à necessidade de um monitoramento estrutural prolongado no pavimento do Centro Obstétrico. Esse procedimento é considerado essencial para avaliar o comportamento das estruturas existentes e garantir a estabilidade e a segurança total do edifício antes do início das intervenções.
A situação coloca em evidência os desafios de manutenção da infraestrutura de saúde pública na capital federal, especialmente em unidades que prestam serviços especializados e de alta complexidade, como é o caso do HMIB.