A Vigilância Sanitária de Americana, no interior de São Paulo, realizou uma ação de fiscalização que resultou no descarte de uma grande quantidade de alimentos considerados impróprios para o consumo. A operação aconteceu na última terça-feira, dia 2, em um açougue localizado no bairro Antônio Zanaga.
Denúncia leva à descoberta de produtos inadequados
A inspeção no estabelecimento comercial foi desencadeada após denúncias registradas pelo SAC (Serviço de Atendimento ao Cidadão). Ao chegar ao local, os fiscais se depararam com uma situação grave relacionada à conservação e validade dos produtos oferecidos aos clientes.
De acordo com o relatório da Vigilância, foram encontrados três freezers contendo carnes em condições totalmente inadequadas. Os produtos apresentavam falta de identificação, data de validade expirada, mudança na coloração natural e, em muitos casos, exalavam um forte odor, indicativo claro de deterioração.
Lista detalhada dos alimentos apreendidos
O montante total de alimentos recolhidos e posteriormente descartados foi de 728 quilogramas. A maior parte era composta por diversos tipos de carne, mas outros itens também foram identificados como impróprios. A lista dos principais produtos inclui:
- Linguiça: 241,018 kg
- Carne de frango: 186,1 kg
- Carne bovina: 174,58 kg
- Carne suína: 65,9 kg
- Peixe: 29,697 kg
- Rabada: 18,89 kg
- Carne seca: 8,685 kg
- Carne assada: 4,1 kg
Além das carnes, a fiscalização encontrou outros produtos alimentícios fora do prazo de validade, como fubá, farinha de rosca, macarrão, sucos em pó, refrigerantes e cervejas.
Destino dos produtos e consequências para o estabelecimento
Todo o material apreendido, considerado um risco à saúde pública, foi encaminhado para o Aterro Sanitário da cidade, com o apoio direto do serviço público de coleta de resíduos.
Embora as condições dos produtos fossem críticas, a prefeitura informou que o açougue não foi interditado. A decisão se baseou no fato de o local apresentar boas condições estruturais, não havendo, portanto, necessidade de fechamento imediato.
No entanto, o proprietário do estabelecimento não ficará impune. Ele terá que responder a processos administrativos movidos pelas autoridades sanitárias. A Vigilância também afirmou que novas vistorias serão realizadas no local para verificar se todas as normas de higiene e segurança alimentar estão sendo rigorosamente cumpridas.
Este caso serve como um alerta para a importância da fiscalização constante e do papel da população, que pode e deve denunciar situações de risco através dos canais oficiais, como o SAC.