Zé Netto Chora ao Voltar a Cantar em Barretos: Superação da Depressão e Emoção no Retorno aos Palcos
Zé Netto chora ao voltar a cantar em Barretos após depressão

Quem diria que a poeira dos rodeios de Barretos testemunharia uma das cenas mais humanas da música sertaneja recente. Zé Netto, um nome que ecoa pelos cantos do país, voltou ao famoso Parque do Peão depois de um ano sumido – e what a comeback, gente.

Não foi só mais um show na agenda lotada de um artista famoso. Era o reencontro de um homem com sua própria alma, diante de milhares de pessoas que sequer imaginavam o calvário particular que ele enfrentou nos últimos doze meses.

O peso do silêncio

Em 2024, ele simplesmente desapareceu. Cancelou tudo. Shows, compromissos, a agenda inteira. Motivo? Uma depressão que chegou sem avisar e derrubou o artista como um boiadeiro laçado desprevenido. O mundo da música ficou em silêncio – e ele, também.

"Achei que não ia dar conta de voltar a cantar". A frase, dita entre lágrimas backstage, resume o desespero mudo que muitos artistas carregam sob holofotes e palmas.

O retorno que parecia impossível

E lá estava ele novamente. Sábado, 24 de agosto de 2025, Barretos fervendo como sempre. Mas dessa vez o calor era emocional. Zé Netto subiu ao palco com uma expressão que misturava medo, alívio e uma coragem tremenda.

A primeira música saiu rouca. A segunda, já mais firme. Na terceira, era como se o tempo tivesse resetado – ele estava em casa, no lugar que sempre foi seu, mas que quase perdeu para a própria mente.

O público? Nem preciso dizer. Brasileiro sabe reconhecer luta real. Cada aplauso era um abraço coletivo, cada gritinho um "tamo junto" que valia por mil sessões de terapia.

Lágrimas no palco e a vulnerabilidade como força

Ele chorou. Aberta, descaradamente. E que bom que chorou, porque naqueles minutos frágeis ele fez mais pela conscientização sobre saúde mental do que mil campanhas publicitárias.

"É difícil explicar o que é não conseguir fazer o que mais ama na vida", confessou depois, já mais composto. A plateia entendeu na hora. Alguns porque já passaram por algo similar, outros porque finalmente viram que ídolos também sangram.

Um novo capítulo

O show não foi só retorno – foi renascimento artístico. Zé Netto cantou como quem respira pela primeira vez após quase afogar-se. Cada nota soava como vitória, cada harmonia como reconciliação consigo mesmo.

Barretos, que já viu de tudo em seus recintos, registrou mais um momento histórico: a noite em que um artista provou que vulnerabilidade não é fraqueza – é a matéria-prima da resiliência.

E o futuro? Ele prometeu que veio para ficar. "Aprendi a escutar meus limites", disse, com um sorriso que agora parece mais verdadeiro. A música sertaneja agradece – e os fãs, mais ainda.